quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Guarda Revolucionária do Irão reivindica ataque às duas bases militares no Iraque

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Na última noite duas bases militares no Iraque, utilizadas pelo exército dos Estados Unidos da América, foram atacadas pelo Irão.

As bases localizadas em Ain Assad e também Arbil, foram alvo de mais de uma dezena de “rockets”, segundo as agências de noticias. O ataque já foi reivindicado pela Guarda Revolucionária do Irão.

As notícias apontam a hipótese de que este ataque serve para vingar a morte de Qassem Souleimani morto na semana passada pelos Estados Unidos.
A Guarda Revolucionária sugeriu aos Estados Unidos que retirassem as tropas da região de modo a evitar a morte de mais soldados.
A agência Reuters cita uma televisão iraniana que dá conta de declarações de um comandante da guarda revolucionária que diz que este ataque foi apenas o primeiro passo e que Teerão não poupará tropas americanas.
O Irão ameaçou ainda atacar "no interior dos EUA", "Israel" e "aliados dos EUA", segundo os Guardas da Revolução, na eventualidade de haver uma retaliação norte-americana.
Perante este aviso o comentador de assuntos internacionais da Antena 1, Filipe Vasconcelos Romão, considera que o mesmo não pode ser descartado até porque já existiram ações semelhantes há 30 anos no conflito militar entre o Iraque e forças de coligação internacionais lideradas pelos Estados Unidos.
Através do Twitter, o ministro de Relações Exteriores do Irão, Mohammad Zarif, especificou que o Irão não pretende o aumento da tensão ou mesmo a guerra mas que irá sempre defender-se de qualquer ataque.
Quanto aos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou falar ainda hoje sobre o assunto, através do Twitter, o presidente norte-americano escreveu: “Tudo está bem!” Avaliação das vítimas e danos ocorridos agora. Por enquanto, tudo bem! Temos, de longe, as forças armadas mais poderosas e bem equipadas do mundo!”
O senador republicano Lindsey Graham, próximo de Donald Trump, considerou "um ato de guerra" os disparos de mísseis e admitiu ataques de represália às instalações petrolíferas iranianas.
As Filipinas ordenaram a evacuação obrigatória dos filipinos no Iraque, informou o ministério das Relações.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, disse que todo o pessoal diplomático e militar do país estacionado no Iraque estava seguro.
O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe vai também cancelar a visita à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Omã que estava agendada para este fim de semana.
Este ataque teve também influência noutros setores. O preço do petróleo subiu mais de 4,5 por cento.
A autoridade federal norte-americana proibiu aviões e pilotos norte-americanos de voarem sobre áreas do Iraque, Irão, do Golfo Pérsico e do Golfo de Omã.
A mesma autoridade preveniu para o risco de "más identificações e maus cálculos" de aeronaves civis, em contexto de aumento de tensão entre norte-americanos e iranianos.
As agências noticiosas também estão a avançar a existência de um importante movimento de aviões militares sobre Bagdade.
O Irão disse também já esta noite que que vai proceder a uma segunda ronda de ataques às bases militares iraquianas onde estão as tropas norte-americanas.
A notícia é avançada pela agência de noticias iraniana TASNIM, citada pela agência Reuters.
RTP / Mário Aleixo

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