quinta-feira, 16 de julho de 2020

OPINIÃO | Latência


Já vai longo este considerado estado «anormal» pandémico e as incertezas aumentam e criam constantes instabilidades. Ao nos apercebermos que o rumo à estabilização e a uma posterior, tão aguardada recuperação, importa saber se já estamos aptos e os grandes representantes da economia nacional, e não só, já opinaram sobre o futuro com os principais decisores: a Direção-Geral de Saúde!

O que aprendemos durante esta fase em que fisicamente estivemos todos afastados e mais distantes? 

Vamos ter que pensar mais além e ir ao encontro, na contratação e desenvolvimento da próxima geração de colaboradores capazes de usar a inteligência artificial, a robótica, a computação quântica, a engenharia genética, a impressão 3D, a realidade virtual e semelhantes no seu trabalho.

Vamos ter que pensar mais além e ir ao encontro, na contratação e desenvolvimento da próxima geração de colaboradores capazes de usar a inteligência artificial, a robótica, a computação quântica, a engenharia genética, a impressão 3D, a realidade virtual e semelhantes no seu trabalho

O abrandamento em adotar novas tecnologias com pouca qualificação como, no extremo, outros que se queixam de estar muito além para os empregos que as empresas anunciam

Na outra vertente temos a velha questão e por demais debatida dos desequilíbrios locais e regionais entre o tipo de pessoa que as empresas querem e as competências disponíveis.

Esta particularidade cria vagas por preencher desamparando a adoção de novas tecnologias.

Previsivelmente, o talento de amanhã vai querer saber e compreender tudo! O elo entre máquina física e sistema digital, entre cada passo da cadeia de valor e o modelo de negócio atual e futuro.

Numa área tão sensível como particularmente afetada com esta pandemia está a necessidade, premente, das instituições sem fins lucrativos expostas, durante décadas e décadas a uma gestão obsoleta e descredibilizada a que o Estado, único responsável direto, não ter investido convenientemente.

As estratégias de sustentabilidade financeira são as mais adequadas? Num contexto de forte crise económico-social em que o impacte das medidas de austeridade impostas pela atual situação aumentaram a vulnerabilidade de certos grupos da sociedade que ficaram ainda mais desprotegidos assumindo as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) um papel de especial relevo que não têm contrapartida estatal. É necessário, urgentemente, identificar as principais instituições que atuam na área das IPSS; identificar novas estratégias que garantam a sustentabilidade futura da instituição; saber quais são as novas fontes alternativas de financiamento; identificar a forma como reduzir a dependência do financiamento; conhecer as principais fontes de custos e receitas; possíveis acordos entre as IPSS e a ISS, IP; conhecer a caracterização da instituição através da avaliação da sua dimensão. Entre outras…

A agravar a permissão de permanência em lugares executivos muito para além do tempo que é normal.

Vamos vencer no «novo normal»? Neste novo contexto, a primeira prioridade é, naturalmente, para a proteção da saúde dos utentes das IPSS. O horizonte mantém-se volátil e muito incerto.

Vamos entrar na quarta revolução industrial com a procura de milhões de novos empregos e oportunidades para que se satisfaça o potencial e as lógicas aspirações de cada um.

Fatores «digitais» e «humanos» impulsionam o crescimento da profissão do futuro. Economia de apoio - vendas e marketing e conteúdos, engenharia e cloud computing. Não basta ser sustentável… temos que ter estabilidade.

*Mário de Freitas | Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alvor

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