A luta travada em nome da liberdade, da democracia e dos direitos humanos garantiu a Alexei Navalny o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2021, atribuído pelo Parlamento Europeu.
O ativista anticorrupção russo é uma das vozes mais críticas do regime do presidente Vladimir Putin. Uma postura que o transformou num alvo político.
Detido desde fevereiro, Navalny cumpre, neste momento, uma pena de prisão por alegadas violações da liberdade condicional, que considera falsas.
Durante o anúncio do vencedor do Prémio Sakharov 2021, ecoaram apelos à libertação de Navalny no Parlamento Europeu.
"Em nome do Parlamento Europeu, apelo à libertação imediata e incondicional de Navalny. As autoridades russas devem cessar todas as perseguições, intimidações e ataques contra a oposição, a sociedade civil e os meios de comunicação", sublinhou Heidi Hautala, vice-presidente do Parlamento Europeu.
Navalny fez uma longa campanha a favor de reformas e contra a corrupção na Rússia, contra Putin e o governo.
Em agosto de 2020, durante uma viagem à Sibéria, foi envenenado, passando meses a recuperar em Berlim. Voltou a Moscovo e acabou por ser preso.
A resiliência e determinação do opositor garantiram-lhe a conquista do prémio.
"Se Navalny não vencesse, seria manipulado e provocado por Putin. Seria uma vitória para Putin se fosse nomeado sem vencer", lembrou, em entrevista à Euronews, Assita Kanko, eurodeputada belga do grupo dos Conservadores e Reformistas europeus.
Para o prémio foram igualmente nomeadas onze mulheres afegãs, ativistas de direitos humanos no país sob controlo dos talibãs, e ainda a política da Bolívia Jeanine Áñez, detida desde março e acusada de um golpe de Estado no país.
O prémio, no valor de 50 mil euros, será entregue numa cerimónia que se realiza a 15 de dezembro, em Estrasburgo.
Euronews
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