Um projeto de intervenção para o Castelo de Monsanto, realizado por Joana Ferreira, do Departamento de Arquitetura (DARQ) da Universidade de Coimbra (UC), foi distinguido pela Ordem dos Arquitectos no âmbito da 1ª edição do “Prémio Colégio de Património Arquitectónico (CPA) - Um serviço prestado ao Património, à Arquitetura e ao País”.
O estudo, intitulado “A Envolvente do Castelo de Monsanto: Uma proposta de Intervenção”, foi efetuado no âmbito da dissertação de mestrado da estudante, orientada por Luís Miguel Correia. Corresponde «a uma investigação em torno do projeto, revelando altas competências de reflexão metodológica e domínio do processo de projeto», informa o júri do prémio.
«Utiliza o desenho como instrumento de trabalho para a compreensão do local e para desenvolvimento das ideias de projeto», acrescenta, destacando que a proposta «apresenta um método de análise e intervenção para o Castelo de Monsanto que tem por base a disciplina da arquitetura e as suas ferramentas», mas que, a par, revela uma «compreensão aprofundada das questões ligadas à preservação do património que não são meramente arquitetónicas».
Ainda de acordo com o júri do prémio, o trabalho «propõe uma leitura do objeto de estudo que é simultaneamente arqueológica, cultural e social. Tem a correta relação entre as várias pequenas intervenções e a compreensão dos percursos de território como descoberta e interpretação do local».
O projeto de Joana Ferreira é uma abordagem segura e equilibrada na «relação entre investigação e projeto», conclui o júri.
O Prémio CPA pretende «incentivar a qualidade dos trabalhos de investigação, no âmbito de Mestrado, com incidência na salvaguarda e valorização do património arquitetónico português ou de origem portuguesa, promovendo o seu reconhecimento público e o fortalecimento da relação do CPA com a Academia».
Cristina Pinto
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