Estava em Itália e falava com amigo da qualidade dos cidadãos. Não estivemos de acordo sobre o fator segurança e confiança nas pessoas. Decidimos fazer uma experiência. Na mesa da esplanada do restaurante, em cima da rua pedonal, depois de pagar a conta, deixámos uma nota de vinte euros em cima da mesa. Saímos e voltamos uns dez minutos depois. A nota já lá não estava. Antes que fizéssemos a nossa conclusão, o empregado viu-nos e perguntou se procurávamos algo. Acenei que sim e ele trouxe uma nota de vinte euros, questionando se era o que procurávamos.
O que aconteceria se fizéssemos o mesmo em Portugal?! Lembrei aquele (bom) exemplo dos estudantes que compraram um sofá nos ‘usados’ na Internet e vieram a descobrir que, dentro do mesmo, estava uma elevada quantia em dinheiro. Os jovens decidiram contactar o vendedor. O mesmo disse que o referido sofá tinha sido de uma avó que falecera.
Ainda com esta história da nota de vinte euros na cabeça, encontramos na praia uma senhora portuguesa bastante viajada. Falávamos na água e esta senhora estava constantemente a olhar para a zona das cadeiras de praia. A determinada altura achou que devia explicar o motivo do seu desvio do olhar. “Estou sempre com receio que me roubem algo!” “Mas, já aconteceu ser roubada num país europeu?!” “Não, nunca fui… Nem em Portugal alguma vez me aconteceu! Nunca conheci estrangeiro que se queixasse dos portugueses!” Ficamos esclarecidos. E satisfeitos com o nosso orgulho nacional.
Presidente da Direção da ANIR
Eduardo Costa, Correio de Azeméis
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