Só no último ano e meio, a Câmara Municipal de Cantanhede investiu cerca de dois milhões de euros na execução de infraestruturas em zonas industriais e também desde 2022 já procedeu à venda de 38 lotes a empresas, sendo que nesse período várias unidades industriais iniciaram a sua atividade.
Foi esta a
síntese da realidade industrial do concelho feita pela presidente da
autarquia na sessão de abertura do Dia do Empresário, que reuniu
dezenas de empresários no auditório da Biblioteca Municipal, esta
terça-feira, 30 de julho.
“A Câmara
Municipal tem vindo a criar os instrumentos necessários para
prosseguir com a ampliação das zonas industriais”,
reforçou, enfatizando o facto de estar a ser intensificada a criação
de lotes industriais “para
responder à crescente procura e intensificar as boas práticas no
tratamento dos processos, o que inclui naturalmente o
profissionalismo, o interesse e a atitude diligente com que as
equipas da Câmara Municipal resolvem as questões relacionadas com a
instalação de empresas”.
Quanto ao
status quo
de cada uma das quatro zonas industriais do concelho, Helena Teodósio
começou por referir que a de Cantanhede beneficiou de um novo Plano
de Urbanização da cidade que permite a infraestruturação de mais
80 hectares, enquanto na de Febres foram vendidos todos os lotes
recentemente constituídos, pelo que, além de mais cinco que vão de
imediato estar disponíveis no âmbito de dois novos loteamentos,
também já foram desencadeadas negociações com os donos de
propriedades contíguas, tendo em vista a sua aquisição.
Quanto à da
Tocha, está ocupada a 75% e oportunamente será avaliada, em
articulação com a Junta de Freguesia proprietária do espaço, a
possibilidade de aumentar a sua capacidade para lá do perímetro
definido.
Processo
relativamente diferente é o da expansão da totalmente ocupada zona
industrial de Murtede, porquanto terá de decorrer no âmbito de uma
alteração ao Plano Diretor Municipal, tal como consta da proposta
já entregue na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
do Centro para mais 15 hectares.
Noutro plano, a
líder do executivo cantanhedense não deixou de apelar a “um
grande esforço de mobilização das empresas”
na aplicação dos meios financeiros colocados à sua disposição no
âmbito do PRR e do Portugal 2030, “de
modo a que o país tenha taxas de execução consentâneas com o
objetivo de melhorar o seu desempenho económico no contexto da União
Europeia”.
A terminar,
agradeceu às empresas representadas na Expofacic, que prestam “um
contributo determinante para a crescente afirmação do certame”,
desejando que regressem em 2025.
A sessão do
Dia do Empresário foi antecedida de uma visita às quatro zonas
Industriais do concelho de Cantanhede, prosseguindo depois com uma
apresentação dos sistemas de incentivo do Portugal 2030, por Jorge
Brito, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal Região de
Coimbra, que a propósito destacou a importância das associações
empresariais em “ajudar a
direcionar os projetos empresariais para as respetivas linhas de
financiamento”.
“O apoio
ao tecido empresarial, nomeadamente às micro e pequenas empresas,
tem sido uma prioridade da Comunidade Intermunicipal Região de
Coimbra”, enfatizou o
secretário executivo da CIM, que depois anunciou a abertura, em
breve, de avisos aos Sistemas de Incentivos de Base Territorial, com
uma dotação superior a 3,7 milhões de euros.
O programa
terminou com o testemunho de duas empresas de sucesso no concelho –
grupo Fapricela e Bio4PLas, e uma alocução por Adelino Cunha - CEO
da Solfut, Lda., escritor, consultor de empresas e professor
universitário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário