Eleições
todos os anos. Vemos crescer o justo receio
de que assim
não está bem.
Ainda
não vi governo cujos governantes não
tenham sido atacados e ofendidos na sua
integridade. Com exageros. Desde Mário
Soares e
Sá Carneiro,
a António Costa, Pedro Nuno Santos ou Luís
Montenegro.
E
o que ficou? Só nos lembramos das obras
que fizeram ou que não fizeram.
Exceto
um ou outro caso que
de facto se provou que se aproveitou do
cargo para meter dinheiro ao bolso.
O
que fica para a história é o que fizemos.
É uma citação resumida de Alexandre, o Grego (Macedónio) que
dominou o mundo. Curioso que hoje não é diferente. Ontem também
não foi e amanhã também não o
será.
Apetece-me
sempre dizer a quem nos governa. O
que vai ficar de memória de si é a obra que fizer.
Se está de consciência tranquila faça o seu trabalho. E se as
pessoas sentirem que o seu trabalho as ajuda a melhorar a sua vida,
já valeu a pena. Fique com essa glória. Deixe para quem percebe de
comunicação fazer o trabalho do ‘diz-se
que diz-se’ e
faça o seu trabalho!
Ando
a revisitar o pensamento de líderes que trouxeram a nossa democracia
até aqui. Há dias li um pensamento ‘recente’ de Mário Soares a
propósito de António Guterres, ex-primeiro-ministro e atual
presidente das Nações Unidas. “Tem
um problema: não consegue dizer que não, e um governante tem de
saber dizer que não!”
Digam
que não se não poderem dizer que sim. Nós, cidadãos comuns,
haveremos de compreender. Mesmo não gostando ou não concordando.
Não
façam o que detestamos e que prejudica a democracia: não nos digam
que sim por simpatia. Obrigado, mas não!
Eduardo
Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa
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“Não
façam o que detestamos e que prejudica a democracia: não nos digam
que sim por simpatia. Obrigado, mas não!”