Os portugueses podem contar, a partir do próximo ano, com aumentos nos setores da eletricidade, pão, rendas e telecomunicações.
Segundo o Jornal de Notícias, é nos preços do pão, eletricidade, rendas e telecomunicações que os portugueses vão ter de abrir os cordões à bolsa a partir de 2016.
Quanto ao pão, aquele que deve ser o alimento mais habitual na casa dos portugueses, os preços vão sofrer “pequenos ajustamentos” de 2% a 3%, algo que deverá ter pouco impacto no preço.
Segundo o presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), José Francisco Silva, o preço deverá aumentar cerca de meio cêntimo por unidade.
Relativamente à eletricidade, as tarifas no mercado regulado vão subir 2,5% para os consumidores, o que representa um aumento de 1,18 euros numa fatura média mensal de 47,6 euros.
Apenas a tarifa para consumidores considerados mais frágeis a nível económico terá um acréscimo de 0,9%, o que corresponde a um aumento de 19 cêntimos numa fatura média mensal de eletricidade de 21,5 euros.
Ainda os preços das telecomunicações, a partir das operadoras Meo e Vodafone, vão subir em média 2,5%. A NOS também vai subir os tarifários mas não revela, para já, qual é o aumento.
A Vodafone adianta, porém, que “os clientes que tenham aderido aos serviços TV Net Voz, no fixo, e RED no móvel, que ainda estejam no período de 24 meses de preço garantido, não terão qualquer alteração nas mensalidades”.
Por fim, nas rendas também se prevê um aumento de 0,16%, depois de em 2015 os valores terem ficado congelados, de acordo com os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Casos mais específicos são as portagens que vão subir cinco cêntimos, mas apenas em 10% dos troços das autoestradas. Já nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, a atualização varia entre os cinco cêntimos (classe 1, em ambas) e os 15 cêntimos (classe 4, na Vasco da Gama).
Também a Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou que vai aumentar em cinco cêntimos 34 das 550 tarifas de portagem das autoestradas que lhe estão concessionadas.
Atenção aos clientes domésticos da EPAL. A partir de 1 de janeiro, o preço da água vai subir, em média, 33 cêntimos por mês. Apenas se mantém a tarifa social e a familiar.
Há coisas que não mudam
A boa notícia é que, a par destes aumentos, por outro lado há coisas que deverão manter-se, a começar pelos preços do leite, gás e dos transportes públicos.
A não ser que haja alterações inesperadas como, por exemplo, clima adverso ou subida de preço da matéria-prima, o leite não deverá sofrer alterações até ao final do primeiro semestre, segundo assegura Paulo Costa Leite, presidente da Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL).
Os preços do gás também se mantêm inalterados, uma vez que a atualização das tarifas só acontece a 1 de julho para os consumidores que se mantêm no mercado regulado.
À semelhança do que aconteceu este ano, os transportes públicos vão manter os preços praticados. Nestes incluem-se a Carris e a STCP, os metros de Lisboa e do Porto e a Transtejo/Soflusa.
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