O presidente da 'Geopolitical Futures' sustenta que os recentes exercícios militares na península da Coreia, antecipam um conflito, tal como o que se veio a verificar em 1991, com o início da Operação Desert Storm, na Guerra do Golfo.
George Friedman, fundador e presidente da ‘Geopolitical Futures’, uma publicação online que analisa e prevê o desenvolvimento de eventos globais, acredita que a crescente tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos pode vir a atingir proporções inimagináveis e despoletar num conflito entre os dois países.
Numa conferência dada esta segunda-feira, Friedman afirmou que a guerra entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos “é inevitável” e que assim que o presidente norte-americano, Donald Trump, voltar da sua primeira viagem oficial ao Médio Oriente e Europa é provável que se assista a uma escalada da tensão. O jornalista sustenta que o regime do líder norte-coreano, Kim Jong-un, “não deixa alternativa” e que, face a isso, a resposta não tardará.
O presidente da ‘Geopolitical Futures’ explica que os recentes exercícios militares na área e a aproximação dos porta-aviões norte-americanos USS Carl Vinson e USS Ronald Reagan da península da Coreia, antecipam um conflito, tal como o que se veio a verificar em 1991, com o início da Operação Desert Storm, na Guerra do Golfo. “O conflito não tardará”, reitera.
“Não há nenhum outro país com capacidade de poder tomar uma ação militar eficaz contra os norte-coreanos para parar o desenvolvimento do seu programa nuclear”, defende. “Isso quer dizer que ou os EUA tomam ações ou a Coreia do Norte tem uma arma nuclear”.
George Friedman acrescenta ainda que os Estados Unidos “não declaram guerra a um país desde a Segunda Guerra Mundial, um erro terrível moral e constitucional, mas também um erro prático”. “Fazer com que o Congresso declare guerra, une ambos os lados e coloca responsabilidade sobre todos”, defende.
Fonte: O Jornal Económico
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