segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

O que fica mais caro e o que escapa à subida de preço em 2018

O que fica mais caro e o que escapa à subida de preço em 2018

A chegada de 2018 vai trazer alterações nos preços de vários bens e serviços, sendo esperados aumentos nos transportes, nas rendas de casa, nas portagens e nos refrigerantes, entre outros, mas também descidas, designadamente na eletricidade em mercado regulado.

Eis a lista de algumas alterações de preços para 2018:

TRANSPORTES

O preço dos bilhetes dos transportes públicos vai aumentar num máximo de 2,5%, embora os cartões Lisboa Viva, Viva Viagem/7 Colinas e Andante não sofram aumentos. Já na Rodoviária, na Carris e STCP, transportes fluviais e comboios urbanos e suburbanos em percursos inferiores a 50 quilómetros o aumento máximo será de 2%.
Este ano, o desconto de 25% do passe de transportes para os estudantes entre os 4 e os 18 anos será alargado a todos os alunos, mesmo aos que não têm apoio social.Também o passe sub23, dirigido aos estudantes do ensino superior até aos 23 anos, foi alargado aos serviços de transporte coletivo de passageiros autorizados ou concessionados pelos organismos da administração central e regional, bem como aos serviços de transporte de iniciativa dos municípios, com um benefício igualmente de 23%.


PÃO


A Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (AIPAN) diz que é expectável que o preço do pão sofra "correções" em 2018, devido ao aumento dos custos do setor, sem especificar o acréscimo em causa. Segundo a associação, os combustíveis, entre 2011 e 2017, subiram mais de 50%, os salários tiveram um crescimento na casa dos 19%, os custos de manutenção subiram 60% e preço dos ovos subiu cerca de 50% desde a altura dos incêndios.

ELETRICIDADE


As tarifas de eletricidade no mercado regulado vão baixar 0,2% para os consumidores domésticos a partir deste primeiro mês do ano, abrangendo cerca de 1,2 milhões de clientes domésticos, o que representa uma diminuição de nove cêntimos numa fatura média mensal de 45,7 euros. Os preços da eletricidade não desciam desde 2000, ano em que registaram uma redução de 0,6%, depois de no ano anterior terem recuado 4,7%.

A Goldenergy, operador no mercado livre de eletricidade, vai disponibilizar o regime equiparado ao das tarifas transitórias ou reguladas de luz, o que significa que, a partir de hoje, os preços que a empresa pratica podem descer para o universo dos seus clientes que optem pelo regresso à tarifa equiparada ao mercado regulado.
Já no mercado livre, a EDP Comercial, que tem cerca de quatro milhões de clientes, não vai ter o regime equiparado ao das tarifas transitórias ou reguladas, dando duas opções aos clientes: mudar para um fornecedor em mercado livre que adote o novo regime ou para a EDP - Serviço Universal (que está no mercado regulado).
É que na EDP Comercial o preço da eletricidade vai aumentar em média 2,5% este ano, devido à subida do preço da energia do mercado grossista no último ano na ordem dos 24%.
A Lusa contactou os restantes operadores para saber se vão disponibilizar o regime equiparado ao das tarifas transitórias ou reguladas de luz, mas até ao momento não obteve resposta.


GÁS

A atualização tarifária só acontece em 1 de julho para os consumidores que se mantêm no mercado regulado.

AUTOMÓVEIS

Comprar um carro novo pode custar mais entre 2,67 e 900 euros em 2018, devido ao agravamento do Imposto sobre Veículos (ISV), segundo a simulação da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), elaborada depois de conhecida a proposta de Orçamento do Estado.A subida média é de 1,4%, ficando abaixo do agravamento de 3% do ano anterior.Também o Imposto Único de Circulação (IUC), o antigo 'selo do carro', vai aumentar em média 1,4%.
O executivo decidiu manter as taxas adicionais de IUC e ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP).


PORTAGENS

A fatura das portagens nas autoestradas deverá aumentar 1,42% este ano, à luz da taxa de inflação homóloga, sem habitação, em outubro, divulgada em 13 de novembro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Na rede Brisa, cujo valor médio de atualização tarifária é de 1,47%, destaque para o aumento de 45 cêntimos na autoestrada Lisboa-Porto (A1) para a classe 1, sendo este o maior aumento registado na atualização feita pela empresa, que afeta 26% dos troços.
Na A2, liga Lisboa e Algarve, e na A6, entre Marateca e Caia, o aumento é de 25 cêntimos, e na A3, que liga Porto e Valença, a subida é de 20 cêntimos.Já a empresa Infraestruturas de Portugal vai aumentar, a partir de hoje, os preços praticados nas portagens em 161 troços de autoestrada, abrangendo o equivalente a 32% da rede, com acréscimos entre cinco a 10 cêntimos.
De fora ficam 340 troços de autoestrada, ou seja, 68% do total, cujos preços nas portagens não têm aumentos este ano.

LEITE

Os produtores de leite esperam uma estabilização do setor em 2018, que não se deverá traduzir em grandes alterações a nível dos preços, disse recentemente à Lusa o secretário-geral da Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac).


TABACO

O aumento do Imposto sobre o Tabaco previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2018 pode significar uma subida de até 10 cêntimos no maço de cigarros, segundo simulações feitas pela consultora Deloitte.


REFRIGERANTES

O imposto a pagar pelas bebidas açucaradas vai aumentar cerca de 1,5% este ano.


TELECOMUNICAÇÕES

As operadoras de telecomunicações Vodafone, Nowo, NOS vão manter este ano os preços cobrados, assim como a Meo, que não altera os valores para os serviços fixos, mas atualiza alguns tarifários móveis pós-pagos.

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (IMI)

As taxas de IMI vão manter-se entre 0,3% e 0,45% para os prédios urbanos, já que o parlamento rejeitou a descida da taxa máxima para 0,4%, reivindicada tanto pelo PCP como pelo BE. No caso dos prédios rústicos, a taxa aplicável é de 0,8%.
No âmbito dos incêndios de 2017, o PSD propôs a isenção do pagamento de IMI em 2017 e 2018 para as habitações, edifícios comerciais, industriais e de serviços, bem como prédios rústicos afetos à atividade agrícola económica que foram afetados, mas a proposta foi chumbada em sede de Orçamento do Estado. Ainda assim, alguns municípios decidiram avançar com a isenção de IMI aos imóveis danificados, como Penacova e Góis.


IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS (IMT)

O IMT, imposto que incide sobre o valor inscrito nos contratos de transmissões onerosas do direito de propriedade ou sobre o valor patrimonial tributário (VPT) dos imóveis, consoante o que for maior, vai continuar a aplicar as mesmas taxas em 2018.
Os prédios rústicos são taxados a 5%,os prédios urbanos destinados exclusivamente a habitação própria e permanente têm uma taxa entre 0% e 6%, os prédios urbanos destinados exclusivamente à habitação têm uma taxa entre 1% e 6%, e os prédios urbanos não destinados exclusivamente à habitação e outras aquisições onerosas têm uma taxa de 6,5%.
Já os prédios (urbanos ou rústicos) ou outras aquisições cujo adquirente seja residente em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável têm uma taxa de 10%.


RENDAS DE CASA

Este ano, prevê-se também um aumento de 1,12% do valor dos arrendamentos, mais do dobro da subida verificada em 2017. É o maior aumento desde 2013, correspondendo a mais 1,12 euros por cada 100 euros de renda, segundo um aviso relativo à atualização das rendas em 2018, publicado em Diário da República.
Aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, este aumento segue-se às subidas de 0,54%, registada em 2017 e de 0,16%, em 2016. Em 2015 as rendas tinham ficado congeladas na sequência de variação negativa do índice de preços excluindo a habitação registada nesse ano.
Os quatro anos anteriores, de 2011 a 2014, tinham sido de aumentos consecutivos das rendas: uma atualização residual de 0,3% em 2011 (mais 30 cêntimos por cada 100 euros de renda), de 3,19% em 2012, de 3,36% em 2013 e de 0,99% em 2014.


COMBUSTÍVEIS

O Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) aumenta a partir de hoje, segundo uma portaria publicada pelo Governo em Diário da República.
De acordo com o documento, a taxa do ISP aplicável à gasolina (com teor de chumbo igual ou inferior a 0,013 gramas por litro) é de 556,64 euros por 1.000 litros (0,556 euros por litro). No caso do gasóleo, a taxa de imposto é de 343, 15 euros por 1.000 litros (0,343 euros por litro).
Fonte: Lusa

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Apresentação do Mapa de Sessões de Colheitas de Sangue a realizar no ano de 2018 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro

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