domingo, 30 de dezembro de 2018

Estamos mais intolerantes mas ainda há razões para “ter esperança”. A mensagem de Guterres para 2019

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou que há perigos que persistem no novo ano, como as alterações climáticas, os conflitos políticos e territoriais e a crise migratória.
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Num vídeo divulgado este sábado pela Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres deixou uma mensagem de Ano Novo, dirigida aos cidadãos de todo o mundo, marcada pelo alerta das ameaças que se mantêm.
Desejando um novo ano cheio de "felicidade, paz e prosperidade" para todos, o secretário-geral da ONU lembrou, apesar de tudo, que o mundo continua a atravessar um teste.
"As alterações climáticas estão a correr mais depressa do que nós. As divisões geopolíticas estão a aprofundar-se, tornando os conflitos mais difíceis de resolver. Há números recorde de pessoas a migrar, à procura de segurança e proteção", lembrou, enumerando os múltiplos desafios que o mundo ainda enfrenta, frisando o crescimento da intolerância e a diminuição da confiança das pessoas.
António Guterres considera, no entanto, que há razões para "ter esperança".
Em relação aos conflitos a nível internacional, o secretário-geral das Nações Unidas elogiou os progressos registados no Iémen, no Sudão do Sul, e na Etiópia e Eritreia, afirmando que há razões para acreditar que estes territórios estão agora mais perto da paz.
Também a ação das Nações Unidas quanto ao problema das migrações e dos refugiados mereceu palavras de louvor de Guterres, declarando que estão a "ajudar a salvar vidas e destruir mitos".
E apesar dos Estados Unidos terem abandonado o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, António Guterres congratulou-se com a união dos países na implementação do acordo para pôr fim àquilo que classificou como uma "ameaça existencial". "É tempo de parar esta espiral de alterações climáticas incontroláveis."
O desejo do secretário-geral da ONU para o próximo ano é "continuar a juntar as pessoas para construir pontes e criar espaço para soluções". "Quando a cooperação internacional resulta, o mundo ganha", concluiu.
Rita Carvalho Pereira / TSF


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