Os mineiros moçambicanos na África do Sul pediram hoje ao Governo de Maputo para passar a canalizar as suas prestações para a Segurança Social moçambicana e não naquele país, como acontece atualmente.
O pedido foi feito pela Comissão para a Reinserção dos Trabalhadores Moçambicanos das Minas da África do Sul (CRTMAS) durante um encontro, em Maputo, com a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social de Moçambique, Vitória Diogo.
“A transferência das contribuições para o país visa evitar que os trabalhadores viajem constantemente à África do Sul para efetuarem o levantamento das suas pensões”, declarou o representante da CRTMAS, Vítor Cossa, falando na reunião com Vitória Diogo.
Cossa afirmou que as deslocações à África do Sul para o levantamento de pensões acarretam riscos para os mineiros, uma vez que, muitas vezes, são obrigados a transportar avultadas somas de dinheiro.
O transporte de dinheiro em mão tem a ver com o facto de muitos mineiros moçambicanos que trabalham na África do Sul não terem conta bancária em território nacional ou serem oriundos de zonas sem bancos.
O representante da CRTMAS também pediu ao executivo moçambique que acelere a adesão de todos os mineiros ao pagamento diferido em Moçambique de parte dos seus salários.
O referido esquema permite que os trabalhadores moçambicanos que trabalham na África do Sul recebam parte do salário no país em que trabalham e uma outra parte em Moçambique.
A ministra do Trabalho de Moçambique defendeu um trabalho de sensibilização junto dos mineiros sul-africanos para que tenham conta bancária em território moçambicano, visando facilitar as suas operações financeiras.
“A abertura de contas e a transferência dos salários para Moçambique são, também, nossa preocupação. O Governo e o Banco Central fizeram a sua parte com vista à ‘bancarização’ dos mineiros”, declarou Vitória Diogo.
29 DEZ 2018 / 00:42 H.
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