A primeira fase da obra urbana da frente marítima de Buarcos, na Figueira da Foz, só deverá ficar concluída em julho, disse hoje o presidente da câmara, o que representará um segundo adiamento ao prazo original.
Intervindo na sessão de hoje da Assembleia Municipal, questionado pelo deputado Teo Cavaco, da bancada do PSD, sobre quando é que “finalmente acabam as obras da primeira fase” da intervenção em Buarcos, Carlos Monteiro (PS) manteve que a autarquia quer que as obras “acabem no dia 30 [próximo domingo]”, que já era um adiamento de 15 dias em relação ao prazo original de 15 de junho, antes por si anunciado.
“Se não acabarem no dia 30, terão de acabar no dia 01 [de julho], no dia 02, no dia 03. Não há-de ser no dia 15 [de julho], queremos que acabem mais depressa”, respondeu Carlos Monteiro.
Na tarde de hoje, mantinham-se diversos trabalhos no local, nomeadamente ao nível da pavimentação de ruas e colocação de calçadas, pinturas e outras intervenções, havendo ainda pelo menos uma zona com piso em terra batida e poças de água, constatou a Lusa.
Numa intervenção anterior na reunião de hoje, o presidente da câmara tinha assumido que uma zona de estacionamento, no sentido nascente-poente, na avenida marginal (via que ali tem apenas duas faixas de trânsito), foi construída perpendicular àquela, fazendo com que quem queira estacionar tenha de invadir a faixa contrária.
Carlos Monteiro frisou que a situação resultou de “um erro de projeto”, que será corrigido com um estacionamento em “diagonal”.
A obra, projetada pelo arquiteto Ricardo Vieira de Melo e que foi alvo de várias alterações em relação ao projeto inicial – como uma intervenção, não prevista, na Avenida Mário Soares, junto ao centro de saúde de Buarcos -, levou a que o deputado Teo Cavaco questionasse ainda quanto custaram as alterações à ideia inicial “e quem é que as vai pagar”, porque a intervenção é financiada por fundos europeus.
“Não tenho contabilizado quanto custou a mais, mas assim que tiver também é público. Felizmente, a nossa administração é de grande transparência. Será dada nota pública [sobre os custos dos trabalhos a mais]. De momento não os tenho, mas tenho o máximo prazer e o dever em dar nota pública”, argumentou Carlos Monteiro.
Teo Cavaco aludiu ainda à intervenção no areal e aos passadiços ali existentes, alegando que um deles, junto ao parque de skate, “não liga a lado nenhum”, está interrompido.
“Quem vem de Buarcos, mergulha na areia”, ilustrou.
“Relativamente ao passadiço que acaba em lado nenhum, é uma ‘arquitetice’. É assim e nem me parece mal, está assim desde o início”, respondeu o presidente do município da Figueira da Foz.
A primeira fase da obra de requalificação urbana da frente marítima de Buarcos tinha um prazo de execução de 12 meses, iniciou-se em junho de 2018 e representa um investimento de cerca de 1,4 milhões de euros.
NDC
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