sexta-feira, 12 de julho de 2019

PAMPILHOSA DA SERRA | ADRO desafia voluntários para limpeza do Rio Ceira



Quando o ADRO sonha, o Rio Ceira renasce. Foi assim o ano passado e repetir-se-á este ano. O ADRO – Apoio ao Desenvolvimento, Recuperação e Ordenamento, é um movimento/projeto nascido após os incêndios de 2017, que desde então já conseguiu mobilizar mais de um milhar de voluntários, oriundos de diversos pontos do país e do estrangeiro que, em conjunto, levaram a cabo um conjunto de intervenções fulcrais para que os habitantes das diversas aldeias da Freguesia de Fajão-Vidual, pudessem restabelecer a sua rotina em conformidade com o que tinham antes do incêndio.

Desta feita, e porque os danos causados pelos incêndios ainda se fazem notar, o movimento propõe-se a nova limpeza nas margens do Rio Ceira, em moldes em tudo semelhantes àquilo que já haviam concretizado no ano passado. “O que vamos fazer este ano é continuar no sítio onde parámos o ano passado e vamos limpar mais para a frente. Começamos num sítio específico do rio, vamos andando todos juntos e, no dia seguinte, retomamos no sítio onde ficámos”, adiantou Joana Moreira, uma das principais impulsionadoras do projeto ADRO, acrescentando ainda que o principal objetivo passa por “limpar tudo o que está queimado” e restantes materiais poluentes.

Para o efeito, Joana lança o desafio à comunidade na expetativa de que mais pessoas se juntem a esta iniciativa - a decorrer de 21 a 28 de julho e de 28 a 4 de agosto - com a esperança de que sirva ainda de exemplo para que ações desta natureza se repliquem em outros sítios do país.

Todos os que quiserem participar na iniciativa ao longo de toda a semana, devem contactar o ADRO a fim de formalizarem a sua inscrição, isto porque, explicou Joana Moreira, esses voluntários “têm seguro, alimentação e estadia assegurados, e até mesmo transportes a partir de Lisboa, Coimbra, Porto ou Faro”.

Por outro lado, os voluntários que queriam ajudar esporadicamente podem fazê-lo sem ser necessário qualquer tipo de inscrição, ainda que as crianças e jovens abaixo dos 18 anos apenas possam participar se acompanhadas de um adulto.

Continua a escrever-se esta estória verdadeiramente inspiradora. O projeto ADRO, através do espírito resiliente e solidário dos seus membros, vai conseguindo recuperar muito daquilo que o fogo aparentava ter destruído e descaraterizado por completo. Sendo certo que a natureza tem, quase sempre, o dom de se reerguer a cada adversidade, uma ajuda – neste caso um movimento – é sempre bem-vinda.


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