Quando
o ADRO sonha, o Rio Ceira renasce. Foi assim o ano passado e
repetir-se-á este ano. O ADRO – Apoio ao Desenvolvimento,
Recuperação e Ordenamento, é um movimento/projeto nascido após os
incêndios de 2017, que desde então já conseguiu mobilizar mais de
um milhar de voluntários, oriundos de diversos pontos do país e do
estrangeiro que, em conjunto, levaram a cabo um conjunto de
intervenções fulcrais para que os habitantes das diversas aldeias
da Freguesia de Fajão-Vidual, pudessem restabelecer a sua rotina em
conformidade com o que tinham antes do incêndio.
Desta
feita, e porque os danos causados pelos incêndios ainda se fazem
notar, o movimento propõe-se a nova limpeza nas margens do Rio
Ceira, em moldes em tudo semelhantes àquilo que já haviam
concretizado no ano passado. “O que vamos fazer este ano é
continuar no sítio onde parámos o ano passado e vamos limpar mais
para a frente. Começamos num sítio específico do rio, vamos
andando todos juntos e, no dia seguinte, retomamos no sítio onde
ficámos”, adiantou Joana Moreira, uma das principais
impulsionadoras do projeto ADRO, acrescentando ainda que o principal
objetivo passa por “limpar tudo o que está queimado” e restantes
materiais poluentes.
Para
o efeito, Joana lança o desafio à comunidade na expetativa de que
mais pessoas se juntem a esta iniciativa - a decorrer de 21 a 28 de
julho e de 28 a 4 de agosto - com a esperança de que sirva ainda de
exemplo para que ações desta natureza se repliquem em outros sítios
do país.
Todos
os que quiserem participar na iniciativa ao longo de toda a semana,
devem contactar o ADRO a fim de formalizarem a sua inscrição, isto
porque, explicou Joana Moreira, esses voluntários “têm seguro,
alimentação e estadia assegurados, e até mesmo transportes a
partir de Lisboa, Coimbra, Porto ou Faro”.
Por
outro lado, os voluntários que queriam ajudar esporadicamente podem
fazê-lo sem ser necessário qualquer tipo de inscrição, ainda que
as crianças e jovens abaixo dos 18 anos apenas possam participar se
acompanhadas de um adulto.
Continua
a escrever-se esta estória verdadeiramente inspiradora. O projeto
ADRO, através do espírito resiliente e solidário dos seus membros,
vai conseguindo recuperar muito daquilo que o fogo aparentava ter
destruído e descaraterizado por completo. Sendo certo que a natureza
tem, quase sempre, o dom de se reerguer a cada adversidade, uma ajuda
– neste caso um movimento – é sempre bem-vinda.
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