A Câmara de Mira anunciou que já tiveram inicio os trabalhos de regularização de dez quilómetros de linhas de água nas áreas afetadas pelo incêndio de 2017, empreitada financiada a 100% pelo Fundo Ambiental, empreitada no valor de 110 mil euros.
A intervenção será feita em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente e Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, revelou hoje a autarquia presidida por Raul Almeida.
"O ano de 2017 ficou marcado como o pior e maior incêndio em Portugal. No município de Mira e nos concelhos vizinhos atingiram proporções catastróficas", relembra o autarca, acrescentando que "nos recursos hídricos verificaram-se grandes perturbações na galeria ribeirinha e na consequente erosão dos solos".
A intervenção contempla a beneficiação e valorização de aproximadamente dez quilómetros linhas de água do município, destacando-se a reabilitação do um açude com o objetivo de melhorar a correção torrencial.
"Conta com mais de 13.900 estacas de vegetação autóctone e 1.600 elementos plantados e 3,8km de soluções técnicas de engenharia natural, como faxinas vivas, entrançados vivos, paliçadas e travessões", explica autarquia.
A intervenção vai ainda contribuir para a realização de uma forma integrada de um conjunto de ações de sensibilização dos proprietários marginais, sobre a importância da manutenção da galeria ribeirinha autóctone como barreira de proteção aos incêndios.
Os incêndios de 2017 provocaram em Mira prejuízos superiores a 32 milhões de euros em 14 unidades industriais e agrícolas, destruíram 25 habitações, desalojando dezenas de pessoas e atingiram 20 mil hectares de área florestal, segundo um levantamento feito pelos serviços da Câmara Municipal.
Fonte: Mira Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário