O incidente ocorreu já no final da arruada, por baixo das arcadas da Praça do Comércio, quando um homem abordou o secretário-geral do PS para o criticar "por ter gozado merecidas férias enquanto morriam pessoas" nos incêndios.
"Não estava não. É mentira! É mentira isso! Eu no dia 18 de junho estava lá. É mentira aquilo que o senhor está a dizer", respondeu António Costa, visivelmente exaltado, momentos antes de partir para o Porto, de comboio, onde esta noite encerra a campanha eleitoral do PS.
Neste momento, de grande tensão, o secretário-geral do PS virou costas ao popular que o interpelou, mas ainda se virou para continuar a discussão, chegando-se muito próximo ao homem, tendo sido impedido pelos seus seguranças.
"É um mentiroso provocador!", continuou, desabafando para a sua comitiva de que se tratava de "um provocador aqui plantado".
O incêndio que deflagrou há dois anos em Pedrógão Grande e que alastrou a concelhos vizinhos provocou a morte de 66 pessoas e 253 feridos, sete dos quais graves, e destruiu cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
Mais de dois terços das vítimas mortais (47 pessoas) seguiam em viaturas e ficaram cercadas pelas chamas na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no interior norte do distrito de Leiria, ou em acessos àquela via.
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