Fonte: Revista Catolicismo, Nº 827, Novembro/2019
Ao longo da História, grandes milagres eucarísticos confirmaram o dogma da transubstanciação. No momento da Consagração, parte mais importante da Missa, renova-se de modo incruento o sacrifício do Calvário. Mediante as palavras sacramentais pronunciadas pelo sacerdote, neste ato sublime o pão de trigo e o vinho de uva se transformam em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O altíssimo mistério da Eucaristia excede à nossa pobre inteligência. Nossos olhos veem apenas o pão e o vinho, entretanto temos a certeza da presença sacramental de Jesus Cristo na Hóstia Santa, pois para Deus nada é impossível. Cremos no mistério da transubstanciação, pois a fé nos leva a crer em Deus e em todas as coisas que Ele faz. Como pregava o Apóstolo São Paulo, “a fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos antepassados. Pela fé reconhecemos que o mundo foi formado pela palavra de Deus, e que as coisas visíveis se originaram do invisível” (Hb 11,1-3).
Por compaixão e misericórdia em relação aos homens, Deus nos auxilia no fortalecimento de nossa fé; pois, como São Tomé, às vezes precisamos “ver para crer”. Assim, em algumas ocasiões especiais o Homem-Deus opera portentosos milagres, revelando-se real e substancialmente presente nas Sagradas Espécies consagradas. Mesmo em meio ao caos e ao agnosticismo do mundo contemporâneo, os milagres eucarísticos não cessaram.
A revista Catolicismo oferece aos seus leitores, na matéria de capa da edição deste mês [foto acima], dados históricos sobre algumas dessas comprovações miraculosas. O autor elencou arrebatadores milagres que se vêm operando desde o século VIII até os nossos dias. Na impossibilidade de reproduzi-los integralmente, Catolicismo publica uma seleção dos que confirmam de modo mais prodigioso a Presença Real na Sagrada Eucaristia.
Como sabemos, o Sacramento eucarístico foi instituído por Jesus Cristo na Santa Ceia com os 12 Apóstolos. Desde a véspera de sua Crucifixão, portanto, Ele não nos abandonou. Permaneceu na Terra, verdadeiramente presente nos sacrários sob as aparências do pão e do vinho. Cumpre-se deste modo a promessa que Ele nos fez: “Eu estarei convosco até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).
Por tradição multissecular da Igreja, homens e mulheres vestidos com dignidade e modéstia, e com grande respeito, recebiam a Sagrada Eucaristia na língua, de joelhos, na mesa da comunhão. Após a irrupção da avalanche pós-conciliar, cujos últimos lances consistem em introduzir as práticas tribais na liturgia católica, infelizmente já não se pode dizer o mesmo. Mas Nosso Senhor continua dando-nos abundantes comprovações da Verdade eucarística, e a evocação desses milagres deve intensificar em nós a devoção ao Santíssimo Sacramento, incentivando-nos a nos aproximarmos da mesa eucarística sem a mancha de qualquer pecado grave, para podermos receber dignamente e adorar nosso Divino Salvador.
ABIM
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