Dois terços dos portugueses não acredita que a Igreja Católica seja capaz de tomar medidas que impeçam novos casos de abuso sexual no seio da instituição.
De acordo com uma sondagem do ICS-ISCTE para o Expresso/SIC revela que 67% dos inquiridos tem “pouca” (33%) ou “nenhuma” (34%) confiança de que a Igreja tome medidas que travem o fenómeno que mancha a imagem da instituição. Só 6% dos portugueses respondeu ter “muita confiança” na ação da Igreja.
No caso dos católicos praticantes regulares, que vão a missas pelo menos uma vez por semana, os números diferem: 61% diz ter “muita” ou “alguma confiança” de que a Igreja tem capacidade para que os abusos sexuais e omissões se voltem a repetir.
Entre os mais velhos, com mais de 65 anos, 41% também tem uma perspetiva positiva sobre a eventual atuação da Igreja.
Do total de inquiridos 74% considera que não se falou demasiado do tema dos abusos sexuais na Igreja. Por outro lado, entre os crentes, 27% dos católicos praticantes regulares e 27% dos católicos acham que se falou demasiado sobre o assunto.
A sondagem revela também 90% dos inquiridos concorda com o fim da obrigação de celibato dos padres e religiosos, com a mesma percentagem a concordar que quem queira ser padre deve ser sujeito a uma avaliação psicológica. Entre os jovens, questionados 94% defende o fim do segredo da confissão.
77% dos inquiridos afirma ter ficado chocado com o relatório da Comissão independente, mas a maioria (52%) diz não ter ficado surpreendida com o que o relatório sobre os abusos sexuais na Igreja revelou.
executivedigest.sapo
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