Mesmo com o mais poderoso dos telescópios, quando observamos o
universo só conseguimos ver uma fração da matéria que sabemos estar lá. Para
cada grama de átomos no universo, há pelo menos cinco vezes mais material
invisível chamado matéria escura. Até agora, os cientistas não conseguiram
detectá-la, apesar das décadas de procura.
Sabemos que a matéria escura existe por causa da atração
gravitacional de aglomerados de galáxias e outros fenômenos que observamos. A
matéria visível em um aglomerado não é o suficiente para mantê-lo unido apenas
pela gravidade, o que significa que alguma matéria invisível ou obscura deve
estar presente. Mas não temos ideia do que é; ela poderia ser constituída de
partículas novas, ainda não descobertas.
“Há quatro forças fundamentais com as quais uma partícula de
matéria escura poderia interagir”, explica o doutorando em Fenomenologia das Cordas
Johar Ashfaque, da Universidade de Liverpool, em um artigo sobre matéria escura
publicado no site The Conversation. “Há a força forte, que une o núcleo
atômico; a força fraca, que governa o decaimento de partículas como
radioatividade; uma força eletromagnética, que medeia a força entre partículas
carregadas; e a força gravitacional, que governa a interação gravitacional.
Para observar matéria no espaço, precisamos que ela interaja através da força
eletromagnética, pois isso envolve a liberação de luz ou outra radiação
eletromagnética que um telescópio pode registar”.
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