Parece
coisa simples, entretanto, esta decisão determinará se você será vencedor ou
perdedor.
É
você cheio de si mesmo? É você aquele que se garante, e considera que com a
força de seu braço, resolve todas as situações que se lhe apresentam? É você
daqueles que pensam lá no seu íntimo: Ah, se eu não estivesse aqui, para
solucionar todas estas pendengas, desta empresa que sirvo ou administro? É você daquele tipo que crê assim: Como esta
empresa precisa de mim... Mas, enfim, como é bom estar presente aqui, sou útil
com todos os meus conhecimentos.
João António Pagliosa |
Muitos
empresários e muitos funcionários pensam assim, e por inflar seu ego e
superestimar seu desempenho profissional, não visualizam o talento e o
potencial de seus colaboradores ao seu redor. Concomitantemente eles não
percebem seus defeitos e suas limitações. Para estas pessoas o talento de seus
subordinados é um mero efeito colateral. Para estas pessoas os seus defeitos e
limitações são minimizados ao extremo, afinal, raciocinam assim: “Eu sou o
cara...”
Por
assim raciocinar, não conseguem aquilatar o verdadeiro potencial de seus
colaboradores e consequentemente os remuneram mal. Ora, funcionários que
percebem que são remunerados aquém do que merecem, respondem produzindo aquém
do que esperam dele. Então o patrão coopera para empobrecer o funcionário e o
funcionário coopera para empobrecer o patrão. É um círculo vicioso.
É
um círculo vicioso e perigoso, e muitas empresas de todos os portes já faliram,
e estão falindo em função disso. Conheço algumas delas e o problema crucial é
recorrente e acontece apenas onde o homem, criatura de Deus está presente. Nunca
ocorre onde o homem, filho de Deus está presente. A diferença reside no fato que criatura de
Deus desobedece. Filho de Deus obedece e segue a palavra.
Quando
alguém se infla, isto é, se enche de si mesmo, preocupa-se consigo mesmo em
primeiro lugar e, portanto, já está derrotado.
Quando
alguém se esvazia de si mesmo, preocupa-se em servir o outro, não tem tempo de
olhar para seu próprio umbigo, não tem tempo a perder com as suas próprias
aflições. A ele, urge primeiro as aflições do outro, portanto, já é um
vitorioso.
Deus
honra a quem o honra, por consequência tudo o que fizer de útil e bom a seu
próximo, terá recompensa no mínimo dobrada. Por isso, seja esperto, seja
inteligente, baixe seu narizinho e esvazie-se de si mesmo. Vou avisando que não
é tarefa simples..., mas a recompensa não tem preço.
Attilio
Fontana, fundador da Sadia, ensinou a trilogia HOMEM-TERRA-TÉCNICA, ou seja, a
Sadia para ter sucesso precisa dar atenção ao homem em primeiro lugar, a terra
que sustenta toda a riqueza em segundo lugar e a técnica (estudo,
aprimoramento), em terceiro lugar. Estava, como sempre, “up to date”, ou
atualizadíssimo. De banco de escola, um semi-analfabeto, porém um auto-didata,
um gênio, um sábio, um homem temente a Deus.
Quase
cinquenta anos depois de sua fundação, a Sadia, implementou a ferramenta
“Qualidade Total”, algo maravilhoso quando executado de “fio a pavio”. Na Sadia
esta ferramenta ajudou pouco porque os executores do programa olvidaram o homem
e não premiaram as competências. Seus egos eram e continuam hiper inflados e esqueceram até a trilogia de
seu fundador. Deu no que deu.
Attilio
era homem vazio de si mesmo. Assim era também seu braço direito, e incansável
trabalhador, chamado Romano Anselmo, que ia para a Empresa de fusquinha
enquanto todos os demais diretores da Sadia Concórdia iam com seus Chevrolet
Diplomata, o sonho de consumo dos homens da época.
João
Domingos, filho de Ancelmo, quase três anos atrás, me confidenciou: “Sabe
primo, o teu tio Ancelmo nunca se considerou parceiro do tio Attilio, ele
sempre se considerou empregado dele.”
E
Ancelmo serviu ao Attilio e a Sadia até sua morte ocorrida em 1987. Serviu até
o fim e gostaria e ansiava parar, mas perseverou e perseverou até o fim.
Estes
dois homens eram vazios de si mesmos, e marcaram época, e deixaram marcas, e
deixaram legados, e deixaram fortunas.
Devem estar nos olhando e confidenciando um ao outro: Puxa, como estão
confusas as coisas lá em baixo, sem a gente... Bem, nós fizemos o que tinha que
ser feito, como Paulo, nós combatemos o bom combate.
Esvaziar-se
é simples: Quebrante-se diante de DEUS, e saiba que é apenas pó sem ele.
Sirva
e será servido. Doe até doer, aí será galhardoado, de uma forma inimaginável.
Este
escriba apenas referenda o que a Bíblia ensina. Com saudades do Attilio e do
Ancelmo. Mas eu sei que vamos nos
encontrar!
Praia
de Fora, 26 de dezembro de 2015
João
Antonio Pagliosa -Engenheiro
Agrônomo- (41)9623-6298
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