sábado, 14 de outubro de 2017

Editorial | O que se passa no Instituto Português do Sangue e Transplantação ?

Esta observação pode estender-se aos Centros de Sangue e Transplantação regionais, porque afinal segundo a Lei os três dependem das diretrizes do Conselho Directivo do IPST.

Sai um director pela porta estreita (como aconteceu com o último), entra outro pela porta larga, transmitindo algumas expectativas no que respeita a mudanças, inovações, abertura ao diálogo, mas, num curto espaço de tempo em exercício, os sinais de que tudo vai continuar na mesma começam a ser evidentes. Frustração à vista.

Bem diz o proverbio popular, nem tudo o que parece é. Não conheço o funcionamento dos centros de Lisboa e Porto o suficiente para traçar um diagnóstico, mas, pelo que me é dado saber por via de algumas fontes, as diferenças são relativas.

Porque será que o actual director do Conselho Directivo não visita as associações tidas por rebeldes, cujos presidentes avançam com sugestões, contudo, nunca são tidas em consideração pelos referidos centros regionais?

O CST de Coimbra é problemático. Ali existem funcionários que tudo têm feito para destruir o trabalho que a ADASCA tem vindo a desenvolver vai para 11 anos de existência. Porque será? Tratasse de funcionários com responsabilidades morais acrescidas sobre associação em causa.

Respira-se a impunidade, a influências com reflexos de vingança, interesses dúbios instalados. Participa-se aos serviços centrais do IPST, pouco ou nada adianta, continua tudo como antes. Quem fiscaliza afinal os centros regionais? As associações de dadores são ou não necessárias? Pela forma como são tratadas, dá vontade de cruzar os braços ou bater com a porta.

O autor destas linhas, à muito que passou a sentir-se usado, abusado, para não dizer escravizado em prol de uma causa cada vez mais desrespeitada. Nunca antes foi feito tanto em prol dos dadores no Concelho de Aveiro, mas, estes raramente reconhecem quem está do seu lado, quem lhes dá o que é possível. Vez em quando a ingratidão vem ao de cima.

O CST de Coimbra passou a ter em Aveiro as suas caras lindas, sim, aquelas que assinaram um pacto com o silencio para não ficarem mal vistas, alimentando assim o ambiente inquinado.

Os apadrinhamentos dos famigerados jet set |djéte séte| o snobismo, os “jobs for the boys” na área da dádiva de sangue está a causar náusea social. Este fermento inquinado preocupa muitos dirigentes associativos. Dividir para reinar, até quando?

Quem pretende fazer dos dadores estúpidos? Das duas uma: ou os dadores são mesmo ignorantes, ou alguém está empenhado em cobrir o sol com uma peneira.

O novel director do Conselho Director tem conhecimento do que se passa? Se tem, não actua porquê? Cada vez mais se ganha a percepção que a máfia do sangue tem tentáculos bem maiores. 

Venham quantos directores vierem para o Conselho Directivo do IPST, à primeira reunião alargada com os directores do centros regionais, tudo vai continuar na mesma como dantes. A cartilha reúne o mesmo conteúdo.

Entram nos meus ouvidos as seguintes palavras: "não adianta mudar isto ou aquilo, já por cá ando há 35 anos ± e assim sempre funcionou, sempre deu certo, assim devemos continuar".

Acrescentam ainda: "quanto aos rebeldes como o da ADASCA em Aveiro, de Viana do Castelo, e mais uns quantos abafados pelas federações, nós tomamos conta deles. Assim, o novo director é condicionado, enganado, e dominado.

Já conheci 4 ex-directores do IPST, o actual ainda não deu nas vistas. Admitindo que seja um especialista com créditos na sua área clínica, mas, como director do respectivo instituto, não está a corresponder às expectativas por si criadas.

Temos pena! Ficamos pela rama.

J. Carlos

Director

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