sexta-feira, 24 de novembro de 2017

360º - Especialista que previu os grandes fogos avisa: "A época de incêndios de 2017 pode repetir-se". As novidades do OE. A morte de João Ricardo.

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia
As votações do Orçamento prolongaram-se até à 1h da madrugada, com muitas novidades. Estas são as decisões mais importantes, mas pode ver todas as informações aqui:

  • O PS cedeu à ala esquerda da "geringonça" e aprovou as propostas do PCP e do BE para aumentar a derrama estadual do IRC para empresas com lucro tributável acima dos 35 milhões de euros;
  • A chamada "taxa batata frita" teve a sua votação adiada, chumbada, adiada e eliminada (mas hoje volta a discutir-se);
  • Os duodécimos nos subsídios de Natal e de férias acabam em 2018;
  • As escolas vão ter menos alunos e a qualidade das refeições nas cantinas vai ser avaliada;
  • O Governo mandou retirar a proposta que permitia aos bancos abater 5 mil milhões de euros em IRC.

Morreu o ator João Ricardo, que tinha sido operado a um tumor cerebral há cerca de um ano. Aos 16 anos morou na rua, depois de se zangar com o pai, fez teatro, televisão, cinema, rádio e livros. Há muitas, muitas reações, despedidas e homenagens de colegas e amigos

A pena aplicada ao atleta olímpico Oscar Pistorius pelo homicídio da namorada acaba de duplicar, passando de seis anos para 13 anos e cinco meses. O tribunal de recurso aceitou os argumentos do Ministério Público, que defendeu que a punição inicial era "demasiado branda".


Mais informação importante
“Pode haver mais duas a três temporadas de incêndios como este ano”. O aviso, pesado e sério, é feito pelo especialista americano que previu os grandes fogos deste ano em Portugal. Mark Beighley critica os bombeiros, as leis contra incendiários e as políticas. E já alertou António Costa.

Há pessoas desaparecidas e vítimas indiretas nos incêndios de outubro que não constam da lista oficial de mortos divulgada pelas autoridades. O governo promete "analisar" os casos. A notícia é do JN.

Ao fim de uns dias, António Costa veio reconhecer o óbvio: "a comunicação" sobre a eventual mudança do Infarmed para o Porto "podia ter sido de outra forma".Em entrevista à Antena 1, o primeiro-ministro diz que a decisão, que surpreendeu os trabalhadores, "não tem particular novidade".

Há mais reações políticas à "deslocalização" do Infarmed:
  • O BE perguntou ao ministro da Saúde se admite recuar na decisão;
  • António Filipe, do PCP, criticou a decisão “atabalhoada” do Governo;
  • Pedro Passos Coelho diz que o Governo “mete dó” na gestão deste processo. O líder do PSD falou no Conselho Nacional do partido, que aconteceu ontem à noite.

Depois de muitas polémicas políticas, o Ministério Público arquivou o inquérito contra André Ventura no caso dos ciganos.

Os familiares dos tripulantes já não têm esperanças de encontrar sobreviventes do submarino argentino desaparecido há mais de uma semana. “Estão todos mortos”, dizem. A Marinha tem registo do som de uma forte explosão na mesma altura em que o submarino emitiu um último sinal.

A última grande tragédia com um submarino foi em 2000, com o "inafundável" Kursk. Na altura, foi encontrado um bilhete de um dos militares mortos: “Está escuro aqui para escrever, mas vou tentar pelo tato. Parece que não há possibilidades, 10-20%. Vamos torcer para que pelo menos alguém leia isto".

Na Alemanha, Angela Merkel está à beira do precipício e tem quatro cenários que lhe permitem sobreviver à crise política: retomar as negociações com o FDP e os Verdes; arriscar um Governo minoritário; seguir para eleições; ou convencer o SPD a apoiá-la.

Ontem, as fichas estavam todas numa mistura: Martin Schulz, do SPD, estaria disponível para apoiar um governo minoritário, mas não para entrar numa nova coligação.

Robinho foi condenado a nove anos de prisão por ter participado numa violação em Itália em 2013. O futebolista brasileiro, que passou por Real Madrid, Manchester City e AC Milan, nega tudo.


Os nossos Especiais
 
Esta semana temos um Conversas à Quinta especial. Gravado em Macau, tenta responder à mais difícil das perguntas: como ser hoje português no Mundo? O que é que isso significa e que responsabilidades traz? José Manuel Fernandes, Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto olham para o futuro lembrando o que é singular no nosso passado.


A nossa Opinião
 
Rui Ramos escreve "António Costa viu a verdade? Não acreditem": "Quem, em Agosto de 2005, congelou as carreiras da função pública? Um governo em que António Costa era ministro. A oligarquia sempre soube que quando não há dinheiro, não há dinheiro".

No BICA, a Filomena Martins, a Rita Ferreira e eu discutimos as trapalhadas na mudança do Infarmed para o Porto.

José Milhazes escreve sobre a Síria: "A propaganda russa apresenta Putin como o principal mentor e motor do processo de solução da crise na Síria. O Kremlin envolveu-se num jogo muito complicado e arriscado. E que papel terá a UE?"

Diana Soller escreve sobre "os custos da crise alemã":"As questões de desentendimento dos partidos alemães predispostos a formar uma coligação são assuntos que não dizem respeito à construção (ou reconstrução ou desconstrução) europeia".
 

Notícias surpreendentes

Uma Thurman quebrou o silêncio sobre Harvey Weinstein. Numa publicação no Instagram ontem à noite, a atriz confirma que também foi vítima de abusos e diz que o produtor "não merece uma bala".

“O hip hop está a perder a única coisa que não podia”, diz o rapper Valete, que hoje dá um concerto integrado no Vodafone Mexefest. Em conversa com o André Almeida Santos, diz que não tem pressa de fazer um novo álbum depois de "Serviço Público", que saiu há onze anos. "O público vai perceber quem vou ser".

"Zombie"? É nossa. "Fétiche"? Também. "Tempura"? Idem aspas. Do inglês ao japonês, mostramos 23 palavras de origem portuguesa que estão espalhadas pelo mundo. Veja se as reconhece.

Está na altura de olhar para 2018: quantas pontes e fins de semana prolongados há? Nós fizemos um calendário especial para si.

Antes de me despedir, deixo-lhe uma proposta tentadora: a aldeia de Albinen, nos Alpes Suíços, quer pagar 21 mil euros a quem se mudar para lá (e mais de 60 mil euros se for uma família de quatro). Mas há algumas condições que deve cumprir. Veja aqui se está interessado. De qualquer forma, já sabe que, mesmo que vá for viver para a Suíça, pode sempre continuar a seguir o Observador.
Até já!
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