O plasma com origem nas colheitas de sangue vai deixar de ser desperdiçado, o que permitirá poupar seis milhões de euros no próximo ano.
Num protocolo assinado esta quinta-feira, 12 unidades hospitalares comprometem-se a entregar parte do plasma que colhem ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). Este plasma será depois fracionado e servirá para produzir medicamentos como albumina humana, imunoglubina e fator VIII.
Até aqui, o plasma era armazenado ou deitado fora e Portugal tinha de importar os medicamentos derivados. Os primeiros 30 mil litros de plasma português para transformação em medicamentos vão começar a ser fracionados a partir de janeiro.
Este concurso foi ganho pela Octapharma - empresa para quem trabalhou o ex-primeiro-ministro José Sócrates e que está a ser investigada por alegadamente ter sido favorecida em negócios com o Estado.
Segundo o presidente do IPST, João Paulo Almeida e Sousa, este aproveitamento do plasma nacional deverá resultar numa poupança de 40% dos gastos com estes produtos, 6 milhões de euros no próximo ano.
PORMENORES
Parte líquida do sangue
O plasma é a parte líquida do sangue e corresponde a 55% do volume total. Contém água, proteínas, sais minerais e outras substâncias. Tem como função transportar nutrientes, medicamentos e produtos tóxicos.
48 milhões em derivados
Portugal gasta atualmente cerca de 48 milhões de euros a importar medicamentos derivados do plasma. Segundo João Paulo Almeida e Sousa, presidente do IPST, depois do fracionamento de 30 mil litros de plasma em 2018, prevê-se um aumento para 50 mil litros em 2019.
Fonte: CM
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