quinta-feira, 29 de março de 2018

Isto não parece estar a correr bem

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Ora viva, bom dia!
Hoje é quinta-feira e estas são as últimas notícias:  

Na Venezuela, um motim numa prisão fez pelo menos 68 mortos. Segundo o El Paísé o segundo incidente mais grave da história prisional do país.
No caso Skripal a investigação começa a chegar a conclusões - e elas não nos descansam: o ex-espião russo e a filha foram envenenados através da porta de casa; Mais de 130 pessoas podem ter sido expostas ao agente químico usado no ataque. A notícia foi avançada pelo The Guardian.
Os líderes das Coreias vão encontrar-se a 27 de AbrilA data foi anunciada esta manhã pela CNN, depois de se saber que o Japão também quer agendar um encontro com Kim.
Na Casa Branca houve mais uma demissão: David Shulkin saiu do cargo de secretário do Departamento de Assuntos Veteranos. E o médico pessoal de Trump será o próximo a assumir a pasta. O Presidente anunciou isto... no Twitter.

O que marca o dia

Eis o que não parece estar a correr bem:
O concurso de aluguer de helicópteros voltou a falhar. E o Governo só tem garantidos 22 dos 50 meios aéreos que precisa para o Verão. Agora resta um ajuste directo.
Pior: a Protecção Civil interditou o hangar onde estão os Kamov, expulsando os técnicos de manutenção por estarem a movimentar material sem autorização. Com isto, consumou-se uma ruptura e chegou o alerta: os helicópteros não estarão prontos a tempo do Verão.
Na aviação civil também há um problemaos pilotos estão a usar folgas em atraso pondo pressão sobre a TAP - e provocando cancelamentos, escalas imprevistas e atrasos.
E na Justiça mais outro: o Governo vai fazer um sexto ajuste directo, para garantir as pulseiras electrónicas em falta. O concurso alega urgência, mas desde 2015 que se sabe que seria necessário mais equipamento.
Já agora, na segurança internaa criminalidade geral aumentou 3,3% no último ano. E, se os crimes violentos caíram quase 9%, hoje recebemos um alerta das secretas: a extrema-direita está de regresso em força (conta o DN).
Também na bancao prejuízo do Novo Banco disparou para um valor recorde e o Estado vai ter que lhe emprestar até 450 milhões, para tapar o buraco (sim, claro, a operação vai ao défice). Quanto à CGD, Paulo Macedo diz ao ECO que vai fechar até 80 balcões este ano - e avisa que tem "um valor ambicioso" para cobrar em comissões(e já se sabe o que isso quer dizer).
E no cofre de Centeno: o Estado perdeu mais uma acção para a Brisa - e vai ter que pagar 200 milhões à concessionária de auto-estradas.
Na política, chega um aviso: Jerónimo de Sousa não dá por garantido o apoio ao próximo Orçamento. Ou, por palavras dele, "é perante o pano que se talha a obra".

Acrescentar um ponto

1. Sobre a Rússia e a posição portuguesa, volto a recomendar-lhe a Teresa de Sousa, que continua incrédula e pergunta agora: será que agora "somos um país neutral?" Há alguma justificação para a tomada de posição de Portugal numa questão que nem sequer exigia uma grande reflexão? Para ler aqui, acompanhado das últimas explicações do nosso Governo, dos argumentos dos (poucos) que nos acompanham e do benefício da dúvida que lhe dão os ex-ministros. O João Miguel Tavares, por seu lado, não tem dúvidas: "Este, caros leitores, é o mais recente património diplomático do PS: a promoção, sem escrúpulos nem vergonha, de tiranos e ditadores."
2. Sobre Kim e a visita surpresa à China, o mais importante é ler sobre a palavra da discórdia entre Kim e Trump. Afinal, o que quer dizer "desnuclearização"?
3. Quanto a Itália, é tempo de um ponto de situação do Jorge Almeida Fernandes. Como falhou, até ver, o projecto de governo entre a Liga e o Cinco Estrelas?
4. Há mais duas leituras para nos ajudar a compreender o mundo. Sobre a crise na Catalunha escreve Francisco Assis, sobre "o martírio da Venezuela" a Maria de Fátima Bonifácio.

A agenda de hoje

É divulgado o relatório de segurança interna, que reúne os indicadores de criminalidade de 2017. É dia de duas greves: dos tripulantes de cabine da Ryanair, também dos trabalhadores dos bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades. É dia, claro, de reforço do patrulhamento das estradas, na Operação Páscoa da GNR, porque é o dia em que muitos portugueses rumam a outros destinos, para um merecidíssimo descanso de três dias. 
Na segunda-feira aqui estarei, já bem mais descansado - e, espero, optimista.
Tenha uma santa Páscoa e até lá!

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