Assinala-se amanhã, dia 18, o centenário do nascimento de Nelson Mandela, dirigente histórico do ANC e da luta contra o apartheid na África do Sul.
Nelson Mandela e Graça Machel, numa fotografia de 30 de Janeiro de 1996. EPA/Nic Bothma / LUSA |
Nelson Mandela envolveu-se desde cedo na luta contra o regime de apartheid que vigorava na África do Sul, tendo aderido em 1942 ao Congresso Nacional Africano (ANC).
Em 1944, com Walter Sisulu e Oliver Tambo, fundou a Liga Juvenil do ANC e em 1960, na sequência do massacre de Sharpeville, em que a polícia sul-africana assassinou 69 manifestantes anti-apartheid e feriu 180, Nelson Mandela passou a liderar a luta armada conduzida pelo ANC.
Em Agosto de 1962, numa operação conjugada entre a CIA e a polícia sul-africana, Nelson Mandela foi preso e viria a ser condenado a prisão perpétua, sob a acusação da prática de actos de terrorismo, passando 28 anos nos cárceres do apartheid.
Em Fevereiro de 1985 foi-lhe negada a liberdade condicional por se recusar a renegar a luta armada do seu povo, acabando por ser libertado em Fevereiro de 1990, na sequência da intensa luta do povo sul-africano e de uma forte campanha de solidariedade mundial pela sua libertação.
A partir de então, Nelson Mandela passou a liderar o processo político que conduziria ao fim do regime de apartheid e, em Maio de 1994, nas primeiras eleições livres e justas da África do Sul, seria eleito Presidente da República, cargo que exerceu até 1999.
Nelson Mandela, apesar de no início deste século ainda permanecer integrado na lista das personalidades consideradas terroristas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América, tornou-se uma das figuras mais respeitadas em todo o mundo, pela sua integridade política e moral, pelo seu exemplo universal de coragem e empenho em defesa da Liberdade, da Justiça e da Igualdade entre os seres humanos.
Fonte: abrilabril
Comentário: dizem que ninguém é insubstituível, afinal, onde está o outro Nelson Mandela?
J. Carlos
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