A empresa de condutores eléctricos Solidal, de Esposende, só pagou metade dos salários em Junho. Trabalhadores revelam sentimento de «grande apreensão».
A situação na fábrica de condutores eléctricos, onde trabalham 330 pessoas, foi relatada ontem pela deputada Carla Cruz, eleita pelo distrito de Braga, após uma reunião com representantes dos trabalhadores.
«Na reunião que mantive hoje com uma delegação da comissão sindical e com representantes do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (CGTP-IN) fui informada que os trabalhadores receberam 50% do salário de Junho, mas não sabem quando irão receber o restante», cita o Expresso.
Segundo a deputada do PCP, os trabalhadores que foram de férias em Junho e Julho também não «receberam o subsídio de férias», tendo acrescentado que «o sentimento é de grande apreensão: há casos em que mais do que um membro da mesma família trabalha nesta empresa».
Carla Cruz refere ainda que a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) já foi solicitada pelo Site Norte mas, «até hoje, ainda não se verificou», tendo sido requeridas explicações pela deputada quanto à ausência da ACT e também à atribuição de fundos comunitários à Solidal, em 2009 e 2011.
De acordo com os trabalhadores, a administração da empresa justificou estar em negociações com dois investidores, a quem disse ter sido apanhada de surpresa com a recusa de apoio pelo seu principal banco.
Fonte: abrilabril
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