segunda-feira, 12 de novembro de 2018

360º - Como é que Bruno de Carvalho passou de presidente a detido? O "mayday" sobre os céus da Grande Lisboa. O BE quer mesmo, mesmo ir para o Governo

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Bruno de Carvalho passou a noite num posto da GNR, depois de ter sido detido em casa ontem ao final da tarde. O antigo presidente do Sporting é ouvido em breve por um juiz e o Observador sabe que os investigadores consideram ter provas sólidas de que Bruno de Carvalho é um dos responsáveis pelo ataque a Alcochete, a 15 de maio.


Como é que Bruno de Carvalho passou de presidente a detido? E quais as pistas que indiciavam que a história só podia terminar com esta detenção? O Gonçalo Correia e a Sara Antunes de Oliveira guiam-nos por todo este processo, explicando a detenção em casa, a ligação a Mustafá, a “chave” Bruno Jacinto e o que vem aí para o antigo líder do Sporting.

Mustafá, líder da Juventude Leonina, foi detido praticamente ao mesmo tempo, quando estava na sede da claque. Também ele é suspeito de ter responsabilidades no ataque em Alcochete.

No jogo do Sporting ontem à noite, a bancada da Juventude Leonina estava quase vazia. Foi mais um sinal da tensão entre a claque e a nova direção. O Bruno Roseiro conta como foi a última semana desta relação, que incluiu ainda insultos nos Açores e desencontros em Londres.

A detenção de Bruno de Carvalho pode ter consequências financeiras para o Sporting, se se provar que o antigo presidente foi mesmo um dos responsáveis pelo ataque que levou à rescisão de vários futebolistas. O clube pedia 273 milhões por quatro jogadores; agora, corre o risco de ainda ter de pagar 6,8 milhões.



Mais informação importante



Foram duas horas de confusão e ansiedade nos céus da Grande Lisboa. Um avião de passageiros da Air Astana, companhia aérea do Cazaquistão, esteve “incontrolável” depois de levantar voo em Alverca. Com seis pessoas a bordo, acabou por fazer uma “aterragem limpíssima” em Beja. Pelo meio, houve momentos difíceis:
  • O pedido de ajuda chegou com a frase “Mayday, Mayday, perdemos o controlo”;
  • O piloto queria "aterrar no mar assim que possível”;
  • O avião acabou por ser escoltado e ajudado por dois caças da Força Aérea;
  • A aterragem só foi bem sucedida à terceira tentativa.


A Convenção do BE, que aconteceu este fim de semana, foi importante: o Bloco assumiu de forma pública e enfática que quer mesmo ir para o Governo. E até já tem nomes para os vários ministérios. Os jornalistas do Observador falaram com vários dirigentes do partido sobre o assunto e mostraram qual é a lista de potenciais ministros e secretários de Estado do Bloco.

Claro que falta um (pequeno) detalhe: é preciso ter votos. No discurso de encerramento, Catarina Martins reconheceu que o BE só será governo "quando o povo quiser". A líder do partido teve ainda um momento de ajuste de contas com António Costa, revelou qual o momento em que a "geringonça" esteve para cair e deixou cinco reformas estruturais para a próxima legislatura.

Quem quiser saber rapidamente tudo o que aconteceu na Convenção tem um resumo em formato de bolso. E tem 8 opiniões rápidas sobre o futuro do partido. Quem tiver mais tempo, pode ver a cobertura completa do Observador aqui.

O Observador teve uma equipa enorme a cobrir a Convenção e estreou alguns formatos novos (além de ter tido os já habituais):


O PSD vai aliar-se ao PCP e ao BE (e eventualmente ao CDS) para chumbar o decreto de tempo de serviço dos professores. Fica assim dificultada a intenção de António Costa de libertar apenas dois anos, nove meses e 18 dias. A notícia é do Público.


Theresa May foi obrigada a cancelar o conselho de ministros de hoje. A primeira-ministra britânica queria convocar uma reunião de emergência para aprovar o acordo de transição para o Brexit, mas a oposição interna e externa obrigou-a a mudar de planos.

A situação em Inglaterra é tão má que já há palpites vindos de outros países: o primeiro-ministro espanhol disse numa entrevista que pediria um segundo referendo se estivesse no lugar de May.

Fernando Henrique Cardoso deu uma entrevista ao El País onde afirma que a "eleição de Bolsonaro não põe em perigo a democracia" apesar do seu "aroma a fascismo" e garante que se manteve neutro na campanha.

No futebol, há muito para ler:



Os nossos Especiais


Durante o fim-de-semana falou-se muito sobre o centenário do armistício da I Grande Guerra e o Observador teve vários trabalhos que vale a pena ler:


A nossa Opinião



Luís Rosa escreve "'Rui Rio' é a password para o sucesso (ou insucesso) do Bloco de Esquerda": "Por muito que criem um imagem de partido respeitável, por muito azul que coloquem como enquadramento do palco para as tv's, o extremismo natural dos neocomunistas do Bloco estará sempre presente".

Alexandre Homem Cristo escreve "A batalha pela linguagem": "O melhor esconderijo é onde ninguém se lembra de procurar: à vista de todos. Enquanto os olhares focarem na direita, poucos verão que o populismo habita sobretudo na esquerda à beira de tomar o poder".

João Carlos Espada escreve "Carta da América: Um debate ao centro": "Quem ganhou as eleições intercalares de terça-feira nos Estados Unidos? A resposta foi unânime: a democracia americana. Porque nenhum partido ganhou absolutamente".

Diana Soller escreve "Meio termo": "As eleições intercalares mostram, acima de tudo, que muito pouco mudou desde a vitória de Trump. Continuamos perante a uma América profundamente polarizado, sem qualquer vontade de se reconciliar".

José Milhazes escreve "O que leva Putin a apoiar a criação de Forças Armadas Europeias?": "Moscovo espera que a ideia lançada por Emmanuel Macron conduza ao enfraquecimento das relações no campo da segurança e da defesa entre os Estados Unidos e a União Europeia".


Notícias surpreendentes


É mais uma polémica na família real espanhola, que envolve uma foto onde o rei emérito Juan Carlos aparece, nas palavras dos jornais espanhóis, "aleijado". Terá sido vingança de Letizia?

Também se fala sobre a família real britânica, mas por outras razões: o príncipe Carlos faz 70 anos na quarta-feira e continua à espera do trono.

Poços de giz que descem até 40 metros abaixo do solo, narrativas de amantes poderosas e de artistas nos meandros do vinho. A Ana Cristina Marques fez uma viagem ao coração histórico de Champanhe, em França.

Uma óptima notícia: a jornalista do Observador Vera Novais recebeu o prémio da Comunidade Cética Portuguesa pelo jornalismo "de alta qualidade" na área da ciência.

Já sabe que foi lançado o Observador Premium, o novo programa de assinaturas do Observador. Pode saber aqui tudo sobre a forma de funcionamento das subscrições.
E há outra novidade: a nova revista de Lifestyle do Observadorjá está nas bancas. 
Até já!
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