quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

360º - As seis vidas de Theresa May (e a última que lhe resta). Quem são as vítimas de Estrasburgo. A noite em que Ronaldo não se ficou a rir do Real

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Theresa May sobreviveu às facas do seu próprio partido: ao começo da noite, soube que tinha o apoio de 200 deputados conservadores e o chumbo de 117. Foram muitas horas de incerteza, de negociação e até de lágrimas, como escreve o João de Almeida Dias, que reconstituiu o dia ao minuto.

Para se manter no poder, May terá garantido que abandona a liderança antes das próximas eleições. Mas nem todos se deixaram convencer: em declarações aos jornalistas, um desconfiado Jacob Rees-Mogg (o homem por detrás do golpe) lembrou que a primeira-ministra apenas disse que "não tinha intenção" de permanecer no partido — mas as intenções mudam.

Os jornais ingleses oscilam entre a dúvida e a esperança. No seu editorial, o jornal conservador Daily Telegraph escreve que "May sobreviveu ao desafio à sua liderança, mas nada mudou". O editorial do The Times alerta para a "paralisia política" que saiu do dia de ontem. Já o editorial do The Guardian, de esquerda, encoraja a primeira-ministra a aproveitar a oportunidade para "empurrar os fanáticos eurofóbicos para as margens da política britânica".

As capas dos jornais (britânicos e não só) também se dividem entre a “vitória” e a “sobrevivência”.

A primeira-ministra britânica vai hoje novamente a Bruxelas falar com os líderes europeus. Mas só lhe deram dez minutos para explicar que medidas quer no acordo para o Brexit.

Theresa May está habituada a contrariar os obituários políticos que escrevem sobre si. Já devia ter morrido seis vezes, mas continua viva e a lutar. Agora, vai ser mais difícil porque tem de fazer passar o acordo do Brexit pelo parlamento. Como é que May consegue sempre sobreviver aos que a querem derrubar? A Cátia Bruno conta a história toda.


Mais informação importante

Na Saúde, há novidades atrás de novidades:

A Fidelidade vai ficar com os terrenos da Feira Popular, em Lisboa. Os terrenos vão render à Câmara de Lisboa mais de 270 milhões de euros, 88 milhões acima do previsto.

Santana Lopes foi ontem ao Largo do Rato apresentar o novo partido ao PSFoi recebido por Carlos César (com quem faz dupla na SIC-N) e deixou críticas — a Marques Mendes.

O candidato da Aliança ao Parlamento Europeu, Paulo Sande, avisa: “É evidente que Portugal não está imune a populismos nenhuns”. Em entrevista à RR e ao Público, explica o que vai defender nas eleições europeias de Maio.

Na Escola Naval, há denúncias de praxes que incluem "tortura de sono", "sacos na cabeça" e "tanques de água noites a fio". A Marinha fez uma averiguação interna mas não descobriu nada, escreve o DN.

Mais um dia, mais uma acusação: na polémica dos bombeiros, Jaime Marta Soares acusa o ministro de ser “desonesto” e de ter falta de “ética”. É a reação a uma cartaenviada por Eduardo cabrita, noticia a TSF.

A Revolut diz estar mais perto de ser a “Amazon dos bancos”. A "fintech" que atraiu três milhões de clientes com uma aplicação que converte divisas sem comissões e permite levantamentos gratuitos no estrangeiro já tem uma licença bancária na Europa.

Já são conhecidas as identidades das três vítimas mortais e de vários feridos do atentado de Estrasburgo. Tinham entre 20 e 65 anos. A caça ao homem continua.

O antigo advogado de Donald Trump, Michael Cohen, foi condenado a três anos de prisão por pagar a duas mulheres com quem Trump teve relacionamentos para manterem o silêncio durante a campanha eleitoral.

O Papa Francisco afastou do seu núcleo duro dois cardeais envolvidos em escândalos de pedofilia. O australiano George Pell e o chileno Javier Errázuriz são acusados de encobrir abusos sexuais nos seus países.

O Benfica venceu o AEK por 1-0, terminou a fase de grupos da Champions com sete pontos e é cabeça-de-série no sorteio da Liga Europa. Na crónica do jogo, a Mariana Fernandes escreve sobre o pé esquerdo de Grimaldo, que valeu 2,7 milhões de feijões.

Com este golo, Grimaldo tornou-se o melhor marcador do Benfica na Champions. Agradeceu o apoio dos presentes nas bancadas, mas há um mês tinha criticado os adeptos.

Ontem foi a primeira noite em que Ronaldo não se ficou a rir do RealOs espanhóis sofreram a maior derrota caseira de sempre na Champions (3-0 com o CSKA) mas a Juventus perdeu na Suíça (2-1 com os Young Boys) com um Ronaldo desastrado.


Os nossos Especiais

São as nove mentiras de Orlando Figueira, segundo o acórdão da operação Fizz. Depois da notícia, a Sónia Simões leu com atenção as 537 páginas da sentença para poder descrever os detalhes da condenação do magistrado por ter recebido subornos do ex-vice-Presidente angolano Manuel Vicente.


A nossa Opinião

Helena Garrido escreve "Os custos das escolhas estão aí": "Todas as escolhas têm custos. Mesmo que à primeira vista não pareçam. Os custos das escolhas financeiras feitas pelo Governo estão agora visíveis na Saúde e nos Transportes, agravando as desigualdades".

Paulo Tunhas escreve "Sentido e tradição": "À pala das 'cativações' de Centeno, greves e demissões sucedem-se quase diariamente. Em poucos dias, a nova ministra da Saúde já anda a fazer as mesmas tristes figuras a que nos habituámos no anterior".

Joana de Almeida Simas escreve "(Re)criar a História, (re)inventar práticas": "O Minecraft contribui para o desenvolvimento das diferentes áreas do saber e permite-me, simultaneamente, chegar aos meus alunos da maneira mais natural, ativa, inclusiva e intuitiva possível".


Notícias surpreendentes

Hoje estreia “Roma”, de Alfonso Cuarón, produzido pela Netflix e vencedor do Festival de Veneza. É um regresso à infância do realizador mexicano e uma homenagem à criada da sua família. Eurico de Barros dá-lhe quatro estrelas.

Há mais três filmes para ver esta semana: "Aquaman" é tem o selo da DC; “Homem-Aranha: No Universo Aranha” é uma nova animação digital com o super-herói; e "Colette" é um filme biográfico sobre a escritora francesa, com Keira Knightley.

Se muda de vinho, porque é que escolhe sempre o mesmo azeite? Ora aí está uma boa pergunta a que o Diogo Lopes dá resposta.

O príncipe Harry não quer que Meghan Markle sofra como a princesa Diana. E essa será a explicação para as mais recentes tensões dentro da família real.

São os 60 novos carros para ter debaixo de olho em 2019. Há eléctricos, híbridos, desportivos, descapotáveis, carrinhas e SUV. Veja a fotogaleria aqui.


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