Vão-se as festas, fica a realidade nua e crua de um concelho
cada vez mais deserto
No dia 1 de março foi publicado no Diário da República o Mapa n.º 1-A/2019 com o número de eleitores inscritos no recenseamento eleitoral em 31 de Dezembro de 2018.
Constata-se que somos cada vez menos no concelho
Em 2013 o concelho tinha 6164 eleitores. Em 31 dezembro de 2018 tem 5515. Em cinco anos o Concelho de Figueiró dos Vinhos perdeu, com a Câmara PS a "gerir" o concelho, 648 eleitores.
Só no último ano de 2018 o concelho perdeu 220 eleitores.
Fala-se muito, mas faz-se pouco.
Por este andar daqui a alguns anos não há cá ninguém. A Câmara falha na fixação e na atração de população. Os números estão aí, são reais e não mentem.
Somos menos, mas também somos mais velhos porque os mais jovens saem para outros concelhos em procura do emprego que aqui não há.
Em vésperas de eleições, foram muitas as juras e promessas que o PS fez aos Figueiroenses. Hoje a cartilha é, rigorosamente, a mesma.
Cinco anos depois e já no segundo mandato nada, rigorosamente nada de relevante nesta matéria, aconteceu.
À imagem e semelhança de António Costa, Jorge Abreu é pródigo na arte de propagandear, mas falho na arte de cumprir e executar.
Uma Câmara atenta às pessoas preocupava-se em não sobrecarregar os seus munícipes com impostos, pois isso tem um impacto direto na vida das pessoas, principalmente num concelho pobre como o nosso.
Uma Câmara que pensasse em melhorar a vida dos seus cidadãos preocupava-se em atrair investimento e isso faz-se, entre outras, com políticas fiscais atrativas para as empresas, pois são estas que criam emprego e geram riqueza numa região.
Uma Câmara que se preocupasse em atrair e fixar pessoas, o nosso concelho não estaria a envelhecer e a perder população da forma acentuada que está, enquanto os jovens se vão embora porque no concelho não há emprego.
Um PS e uma Câmara que se preocupasse com tudo isto apoiava os Figueiroenses e tinha aprovado as propostas do PSD para baixar o IRS e o IMI e não votava contracomo aconteceu.
Parece evidente que para a Câmara, o progresso do concelho deixou de depender de uma estratégia de desenvolvimento para assumir-se como uma estratégia de entretenimento.
Vivemos num concelho de faz de conta onde se parece brincar com coisas sérias. Poder-se-á dizer que quem lá está, está a fazer o melhor que sabe, pena é que não chega e está à vista de todos.
Jorge Abreu vive num concelho que não é o nosso. O dele é fictício e cor-de-rosa, o dos Figueiroenses, é real e muito mais cruel e amargo. Ainda assim, há alguns que vão no seu canto de sereia. Principalmente, onde o contraditório é fraco e a mentira é facilmente propagada.
No entanto, uma das vantagens da passagem do tempo é a verdade vir ao de cima, com a publicação, por entidades independentes, de indicadores e evidências que permitem avaliar o desempenho do executivo camarário – nomeadamente revelando as falácias do seu discurso e mesmo as mentiras quanto a promessas e apostas estratégicas, como o célebre “Aqui vai nascer no primeiro semestre 2018” – na Sonuma ou os 100 hectares de terreno e os 100 postos de trabalho da Lusiaves que nunca vieram.
A Câmara transformada numa comissão de festas tem confundido o trabalho normal e a mera gestão corrente da autarquia - para a qual estão a ser pagos e bem pagos - com festas e a propaganda de “grandes anúncios”. Infelizmente, não existe uma estratégia de desenvolvimento, nem de criação de emprego que fixe e atraia pessoas para o concelho. Por isso Figueiró dos Vinhos está parado, mais desertificado e sem gente, onde alguns tolos são, ainda, enganados com alguns bolos.
Enquanto isso a câmara socialista continua a sonhar com o “futuro”. O problema é que se não tratarmos do presente, esse “futuro” utópico nunca mais chegará.
Será que somos mesmo assim tão fáceis de enganar?
Link do site oficial Litoral Centro http://litoralcentro-comunicacaoeimagem.pt/
Nenhum comentário:
Postar um comentário