terça-feira, 25 de junho de 2019

Movimento Democrático de Mulheres exige ao Governo respostas à saúde maternoinfantil

O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) exigiu hoje que o Governo assegure “respostas urgentes e adequadas às necessidades da saúde das mulheres e crianças”, defendendo a criação de novas maternidades e reforço dos recursos nas unidades existentes.
“Perante a situação insustentável que se vive em, pelo menos, 13 maternidades em todo o país, o MDM exige respostas urgentes e adequadas às necessidades da saúde da mulher e da criança, de apoio à gravidez e maternidade, com cuidados de saúde universais no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirma o movimento, em comunicado.
Em causa está, segundo o MDM, o facto de no último ano terem aumentado “obstáculos no acesso à saúde sexual e reprodutiva das mulheres”.
“Aos partos realizados em ambulância pelo encerramento de maternidades – como ainda este mês ocorreu em Aljustrel e em maio em Oliveira do Hospital –, soma-se agora a proposta de encerramento temporário de salas de parto e urgências de obstetrícia”, aponta o MDM.
O movimento sublinha que esta “situação insustentável” se deve à “enorme escassez de recursos humanos” e apela às mulheres para que se “unam na exigência ao Governo de políticas que respondam aos “problemas emergentes na saúde maternoinfantil”.
“Tais políticas passam, por exemplo, pela criação de novas maternidades e reforço dos recursos nas unidades existentes”, exemplificam.
Na semana passada, o jornal Público avançou que as urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa vão estar encerradas durante o verão, fechando rotativamente uma de cada vez, devido à falta de especialistas.
Posteriormente, os responsáveis pelas maternidades da zona Norte também se mostraram preocupados com a possibilidade de não terem capacidade para garantir as urgências durante o verão, elaborando mesmo uma carta dirigida à ministra da Saúde, Marta Temido.
Ontem à tarde, Marta Temido garantiu que nenhuma maternidade do país irá encerrar por falta de ginecologistas/obstetras.
Lusa

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