quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Moçambique | Gerais: Momade mostra evidências de fraude e avisa “é isto que provocou as hostilidades militares”

Foto do partido Renamo

A maioria das assembleias de voto abriu as 7 hora desta terça-feira (15) para as sextas Eleições Presidenciais e Legislativas, e terceiras Provinciais, em Moçambique. “Apenas 7 mesas não abriram em Cabo Delgado”, precisou o director do STAE. O candidato do partido Renamo a Presidente da República apresentou evidencias de fraude e avisou ao seu “irmão Nyusi”, “isto não é democracia, é isto que provocou as hostilidades militares no passado”.

“Das 20.570 mesas, incluindo no estrangeiro, podemos dizer que temos com sucesso a abertura da grande maioria, no território nacional contamos com 20.162 mesas. Apenas 7 mesas não abriram em Cabo Delgado, nomeadamente 3 no Distrito de Macomia, em Quiterajo, 2 mesas no Distrito de Muidumbe, em Rua Rua, e uma 1 mesa no Distrito da Mocímboa da Praia, em Muangadza”, detalhou no primeiro balanço com jornalistas o director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

O candidato presidencial do partido Frelimo, Filipe Nyusi, afirmou depois de votar na Escola Secundária Josina Machel que Moçambique deve-se orgulhar por conseguir organizar ciclicamente eleições. “Vamos acreditar e vamos confiar, são as eleições mais observadas (de sempre) no país e da região (Austral de África) se calhar”, apelou Nyusi que justificou a não credenciação de alguns milhares de observadores moçambicanos com o facto de “nas últimas eleições tivemos cerca de 10 mil observadores mas agora estamos acima de 40 mil por isso que a gestão do próprio processo não é fácil”.

A verdade é que 2.915 observadores moçambicanos não foram acreditados, embora os seus pedidos tenham sido submetidos há mais de 1 mês aos órgãos eleitorais. Para o Centro de Integridade Pública aconteceu um deliberado bloqueio a observação eleitoral nas províncias de Gaza, Zambézia e Tete.

Entretanto na Província de Nampula, em cinco mesas instaladas na Ilha de Moçambique, a votação teve de ser interrompida cerca das 8 horas devido a confrontações verbais entre os presidentes das assembleias de voto e delegados do partido Renamo que alegavam indícios de fraude.

Ossufo Momade, que deveria ter votado numa dessas assembleias as 8 horas, só conseguiu exercer o seu direito cívico as 8h45 depois da intervenção das autoridades policiais e órgãos eleitorais para acalmar os ânimos.

O candidato presidencial do maior partido de oposição mostrou a jornalista evidências de tentativa de fraude e declarou que se “os resultados forem manipulados nunca podemos aceitar, estamos determinados em fazer qualquer coisa que o povo nos indicar. Foi apanhado um cidadão com boletins de votação, isto não é democracia, é isto que provocou as hostilidades militares no passado e nós queríamos apelar a Frelimo que não continuasse com este procedimento porque nunca vamos ter a paz”.

“Quero fazer um apelo ao Comandante em Chefe, que é o presidente da Frelimo, para que apelasse aos seus camaradas para que não continuassem a fazer brincadeiras de mau gosto, eu Ossufo Momade quero a paz, quero a tranquilidade, quero o bem estar da população moçambicana”, acrescentou.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

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