quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Dia Mundial do Combate à Obesidade

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92 milhões estão em risco de vida por causa de obesidade.
Na véspera do Dia Mundial do Combate à Obesidade, que se assinala a 11 de outubro, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) releva que 92 milhões de vidas estão em risco por causa da obesidade, doença que custa 385 mil milhões de euros e que afeta um quarto dos cidadãos dos países da OCDE.
No relatório, a OCDE defende que a prevenção é essencial para salvar vidas e para evitar as perdas económicas da obesidade, que estimam custar uma média de 3,3% dos produtos internos brutos todos os anos.
«Nas próximas três décadas, o excesso de peso fará 93 milhões de mortos na OCDE com a obesidade e doenças relacionadas a reduzirem a esperança de vida em três anos até 2050», afirma a organização, que considera «urgente aumentar os investimentos em políticas que promovam estilos de vida saudáveis».
Entre os países da OCDE, a taxa de obesidade entre a população adulta aumentou de 21% em 2010 para 24% em 2016, o que representou mais cinquenta milhões de pessoas a tornarem-se obesas, enquanto a disponibilidade de calorias aumentou 20% nas últimas cinco décadas.
Os países da OCDE gastam em média 8,4% dos seus orçamentos para a saúde a tratar doenças relacionadas com o excesso de peso, sejam diabetes (70% dos casos são pessoas com peso a mais), cancro (9%) ou doenças cardíacas (23%).
«Cada dólar gasto na prevenção da obesidade gera um retorno económico seis vezes superior», conclui a organização, salientando que «as crianças, em particular, estão a pagar um preço elevado» quando sofrem de obesidade. Quanto aos adultos, têm menos 8% de probabilidade de manter o emprego se sofrem de uma doença crónica associada ao excesso de peso e mais 3,4% de probabilidade de ter que faltar.
Nos países da União Europeia, «mulheres e homens no escalão de rendimento mais baixo têm, respetivamente, mais 90% e 50% de probabilidade de sofrer de obesidade».
A receita, para a OCDE, é agir em setores como etiquetagem de alimentos, regulação de publicidade de comida pouco saudável às crianças e promoção do exercício.
Fonte: Lusa
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