A
inteligência humana é
feita para a verdade; ela procura a verdade como a planta o sol que a
vivifica. A verdade é o esplendor do belo.
Aliviado
de virtudes e sobrecarregado de defeitos todo o homem transporta o
seu madeiro do suplício
neste mundo terreno em que nasceu. Irremediavelmente conformado e
couraçado com paciência evangélica,
vai vivendo na esperança de que seja liberto do carrego antes de
chegar ao fim da sua jornada de penitência.
Ora,
aconteceu que em determinado momento da minha existência encontrei
quem com forte entusiasmo e generosa intenção quisesse compartilhar
moralmente das desditas do seu semelhante, esquecendo as suas.
Encontro combinado.
Os
profissionais da imprensa, como sempre, têm sérios problemas
sociais por solucionar. Lutam por condições de vida mais justas,
compatíveis com a posição que ocupam.
Acredito
que os
jornalistas são seres humanos possuidores de coração desdobrado
lealmente para o seu semelhante, embora, de opiniões políticas
diferentes apesar do esforço para não as evidenciarem.
Todos
correm de um lado para o outro com encontrões egoístas, desumanos,
sem respeito pelos mais velhos. Desgraçados dos que são vencidos
nesta luta inglória do dia-a-dia, só porque lhes falta a audácia,
a coragem da má formação de carácter, a vontade dura que é
capaz de afastar num gesto brusco, o que vai à frente! Sobre eles
caem os chascos, as palavras mais contundentes, as casquinadas mais
grosseiras, os olhares mais desprezíveis.
Naquele
tempo de espera cheguei à conclusão de que vale a pena esperar, tem
as suas vantagens. Estudei os homens – todos eles com seu madeiro
de suplício. Pensei no mundo desenfreadamente materialista, de que
nos temos de libertar se quisermos caminhar para uma vida de melhor
sorte. Verifiquei que sobram horas para todos os gozos e todos os
desalentos – quando a Esfinge da existência ameaça devorar-nos.
Aceitei
então os bons conselhos de um “velho” camarada da senda
jornalística. Ele já não pertence ao número dos vivos. Era um
homem de consciência recta, um espírito inquebrantável,
persistente defensor de um ideal. Um
JORNALISTA genuíno. Nunca humilhou os colegas, bem pelo contrário,
estendia-lhes a mão para os erguer. Quando um colega era impedido de
entrar de determinado lugar, ouvia-se o seu grito de alerta:
Ninguém entra.
Falta
dignidade e consciência profissional no mundo jornalístico. O
caminho está livre para os jornalistas (?),
empreendedores, orgulhosamente convencidos de que somos uma classe
digna de respeito e merecedora da mais completa justiça. Não
me parece...
Desejamo-la
porque olhamos para a multidão e queremos que o mundo seja o modelo
de todas as perfeições. Queremos que o homem deixe de transportar o
seu madeiro de suplício.
“Jornalista
é, hoje, uma das profissões mais vitais para o bom andamento do dia
a dia. Com a quantidade de informações que recebemos, muitas vezes
não conseguimos filtrar o que é verdadeiro ou não. Essa é a
função do jornalista, apurar e ter certeza de que tudo é
verdadeiro!”, de
autor não identificado.
“O
jornalismo tem de esclarecer e não escurecer. Nosso trabalho é
iluminar as tocas onde se escondem os hipócritas e os mentirosos”
escreveu Boris
Casoy.
Sou
dos que acreditam que não era necessário ser
tão duro, contudo, é o
que temos. Fazemos
parte de uma sociedade minada de interesses subterrâneos, ainda que
sejam os mais mesquinhos, eles existem.
Joaquim
Carlos
Director
do Litoral Centro
Anexo:
Câmara Municipal de Aveiro praticou discriminação na distribuição de publicidade a um órgão de imprensa local sobre a Feira de Março
http://litoralcentro-comunicacaoeimagem.pt/2019/04/06/camara-municipal-de-aveiro-praticou-discriminacao-na-distribuicao-de-publicidade-a-um-orgao-de-imprensa-local-sobre-a-feira-de-marco/
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