Plinio Corrêa de Oliveira
Vemos nestas fotos soldadinhos de chumbo de peças de coleção. São dois oficiais de cavalaria do tempo do rei Luís XV da França.
O que um espírito dito moderno objetaria contra eles?
Primeiramente diria que são muito orgulhosos, vestidos muito ricamente, como para participar de uma festa, dando a impressão de que desprezam quem não está vestido como eles e não tem os adornos deles.
Depois diria que o homem deve ser mais sério e não se enfeitar tanto assim, que o próprio para o homem verdadeiramente varonil é o macacão. Diria também que se eles não são varonis, não podem dar bons soldados, que homens assim serviam para dançar minueto, mas não para combater verdadeiramente.
Entretanto, a História registra que os guerreiros daquela época (século XVIII) eram de uma coragem prodigiosa. Eles avançavam de maneira destemida, a tal ponto que até hoje deixam os historiadores assombrados.
Tinham coragem de enfrentar qualquer perigo e mesmo a morte, e gloriosamente caminhavam para a luta ou para morte estimulados pelo heroísmo.
Toda carreira é susceptível de deformações. Assim, também a carreira militar pode tornar o indivíduo muito duro, calejado. Para compensar esse endurecimento, é preciso rodeá-lo de aparências delicadas para não se transformar num carniceiro pago, mas num cavaleiro.
Notem o porte ereto deles! Um segura a corneta com altivez, adornada por uma linda bandeira que tremula ao vento.
Observem a espada e a harmonia entre a cor do chapéu e a cor da bota; até parece que o cavalo aprendeu a elegância com o cavaleiro.
Pode-se dizer o mesmo do outro cavaleiro. Um tambor facilmente pode dar em uma coisa muito maçuda, mas revestido com o tecido, é uma beleza. Tudo majestoso dentro da alegria de viver.
ABIM
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 12 de maio de 1984. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, fevereiro/2022.
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