É um número que peca por defeito. E muito. Mas os investigadores do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (Obegef), da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, calculam que o crime económico tenha um "volume de negócio" anual de cerca de 50 mil milhões de euros e a tendência é de crescimento a uma média de três a quatro mil milhões de euros/ano.
Vai desde a fuga ao IVA de um simples café até às grandes fraudes, à corrupção, ao tráfico de drogas ou à evasão fiscal.
Relatórios de universidades e de observadores independentes e internacionais apontam para um crescimento do crime chamado de "colarinho branco". E é o setor financeiro que surge na primeira linha, associado à evasão fiscal e ao branqueamento de capitais decorrentes da corrupção, entre outros ilícitos criminais. "O crime económico acaba por interligar muitas atividades. Digo muitas vezes que o tráfico de droga também tem a vertente económica, por exemplo no branqueamento de capitais. O próprio terrorismo, que é financiado pelo tráfico de pessoas ou de estupefacientes e pelo branqueamento de capitais, abarca o crime económico. Combater esse crime pode ser combater o terrorismo", explicou ao JN Aurora Teixeira, do Obegef, constatando que a esmagadora maioria do dinheiro proveniente do crime tem de passar pelo setor financeiro.
Fonte: JN
Comentário: estamos nas mãos dos abutres e quebra ossos. Aos tais as finanças passam ao lado, enquanto que, o cidadão pata rapada é exprimido até ao tutano. Que brutal injustiça.
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