Enquanto dormia...
... nunca se tinha visto nada assim em 89 anos de Óscares. La La Land foi anunciado como o vencedor e só depois dos aplausos e dos discursos feitos se descobriu o engano: o melhor filme foi mesmo... Moonlight. O musical que somava 14 nomeações saiu do Dolby Theatre só com seis estatuetas (incluindo melhor realizador e melhor atriz). No Observador acompanhámos a noite mágica de Hollywood em que o cinema foi rei e nada racista (três negros venceram os prémios mais desejados depois da polémica do “Oscars so White”) neste liveblog. Mas não nos ficámos por aqui. Eis a nossa cobertura completa:
- A lista de todos os vencedores (com fotos) e a história do engano épico ainda por explicar (num jogo de passa-culpas).
- A noite, vista do sofá, relatada com graça pelo Alexandre Borges e também a análise do Eurico de Barros.
- Os 68 (ou 67+1) momentos que marcaram os Óscares em fotogaleria.
- As brincadeiras que dominaram as redes sociais e que se multiplicaram depois do erro histórico.
- O desfile na passadeira vermelha, onde o branco dominou (nelas e até neles), mas também o dourado e o mau gosto.
- A festa depois da festa, onde a ousadia tomou de assalto os corpos femininos.
- As esperadas críticas a Trump e as piadas de Jimmy Kimmel, que também não poupou Matt Damon.
- Os maiores perdedores e os grandes vencedores de sempre e quem ganhou no ano em que nasceu.
- A entrevista a Mahershala Ali, que venceu o Óscar de melhor ator secundário.
Vamos então ao resto da atualidade:
Um deslizamento de terras no centro de Lisboa obrigou à evacuação de três edifícios. Há 27 moradores desalojados e um ferido ligeiro.
Há uma nova proposta para a compra do Novo Banco. Segundo o Jornal de Negócios, a britânica Aethel Partners oferece quatro mil milhões de euros, mais que a Lone Star.
Outra informação relevante
O caso das offshores continua a marcar a atualidade. Ontem, na SIC, Marques Mendes pôs mais lenha na fogueira. Disse que acha determinante que Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque, os dois ministros das Finanças do período sem controlo de 10 mil milhões para paraísos fiscais, se expliquem no Parlamento.
O assumir de responsabilidades políticas por parte de Paulo Núncio e consequente demissão de funções nos órgãos do CDS (após notícias de que demorou ano e meio a despachar a autorização para o fisco actuar) só agravou o debate político. Assunção Cristas elogiou a "elevação de caráter" do ex-secretário de Estado, mas a esquerda continuou a exigiu um "esclarecimento cabal" de tudo o que se passou.
Pelo meio, o PSD decidiu avançar com uma proposta para alterar a lei de forma a que a publicação obrigatória das transferências para offshores deixe de depender da autorização do Governo, ao que o Bloco respondeu de imediato que se trata de um modelo para evitar responsabilidades políticas.
Como vê este é um tema que ainda estará aí para durar, por isso sigo em frente diretamente para o futebol. Por cá, o FC Porto venceu o vizinho Boavista com um golo do já habitual Soares no fecho da jornada, mantendo-se a um ponto do Benfica. Em Espanha, o Real Madrid chegou a estar a perder por 0-2, mas conseguiu a 'remontada' frente ao Villareal (acabou 3-2) e segurou a vantagem para o Barcelona, que é também só de um ponto. Já em Inglaterra, o Manchester de Mourinho conquistou a Taça da Liga inglesa e Sérgio Conceição pode substituir Ranieri (sim, sim!) no Leicester.
Volto às polémicas, a começar pela relação Angola-Portugal que só piora, apesar do Governo português manter o low profile diplomático ao comentar o caso. O último ataque veio do (público) Jornal de Angola. "Custa ver tanta falta de vergonha" escreveu o diretor sobre o processo que envolve o vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, na Justiça portuguesa. Hoje o Público avança que uma procuradora adjunta confirma o caso de corrupção.
Dos EUA vem mais um protesto contra Donal Trump, com a primeira manifestação em defesa dos media. A tensão entre Trump e a comunicação social subiu de tom quando vários jornais foram proibidos de assistir ao briefing diário na Casa Branca e o presidente anunciou que não vai ao habitual jantar de correspondentes. Mais: para prevenir fugas de informação, Trump mandou revistar os telemóveis da sua equipa.
Em França, foi Marine Le Pen a alvo dos protestos, com os autocarros da sua comitiva eleitoral a serem atacados. Enquanto isso, Emmanuel Macron sobe nas sondagens.
Apesar de tanta contestação a Trump , o Toys'R'Us decidiu este Carnaval fazer um muro de brincar na sua loja de Vila Nova de Gaia. A onda de indignação não se fez esperar e começou num jogador do FC Porto.
A nossa opinião
- Alexandre Homem Cristo escreve sobre a revolução imparável em curso na Educação.
- Helena Matos olha para a violência doméstica a propósito do caso Bárbara Guimarães/Manuel Maria Carrilho.
- João Marques de Almeida critica a entrada de Francisco Louçã no Conselho Consultivo do Banco de Portugal.
- Vasco Pulido Valente analisa o que leu no livro de Cavaco Silva de diz "Nem às quintas-feiras nem aos outros dias".
- Alberto Gonçalves escreve sobre offshores, sms,"um PM literalmente indescritível a um PR viciado em palminhas".
Os nossos Especiais
Há três entrevistas imperdíveis:
- A longa conversa de vida com Eládio Clímaco, o eterno apresentador do Festival da Canção e dos Jogos sem Fronteiras, que confessa o Tiago Palma a sua mágoa de ter saído da RTP: "Fiquei sem pai, fiquei sem mãe e, por fim, fiquei sem a televisão".
- A forma como o judoca Jorge Fonseca, campeão europeu sub-23, conta ao Bruno Roseiro como bateu um cancro, odiou ver a sua doença exposta e sonha com uma medalha olímpica no Japão.
- E ainda o importante alerta deixado por Iñaki Piñuel sobre psicopatas emocionais na entrevista à Ana Marques: estes psicopatas integrados parecem pessoas normais, mas são mentirosos e manipuladores, até nas relações amorosas.
E duas histórias com gente dentro:
- A de Miguel Clarinha, contada pela Tânia Pereirinha, a quem foi confiada a famosa receita secreta dos pastéis de Belém quando tinha apenas 29 anos. E que agora, com 34, gere os destinos da empresa fundada há 180 anos.
- E a de Carlos Cordeiro, uma espécie de mordomo (huissier é a palavra) do Parlamento Europeu, que, como relata o Pedro Raínho, entre muitas tarefas tem de separar e acalmar eurodeputados exaltados.
Notícias surpreendentes
Começamos pelas novidades tecnológicas vindas do Mobile World Congress. Primeira confirmação em Barcelona: o regresso do velhinho Nokia 3310, com jogo da cobra (snake) incluído, mas algumas mudanças; e a maior novidade até ver: o novo topo de gama da Huawei, o P10, que deixa sérios avisos à concorrência. Mas, aviso, nem tudo o que sai de Barcelona corre bem.
Mais tecnologia. Para chamar a atenção para duas motas (vamos chamar-lhe assim) voadoras, decididamente as “coisas” mais loucas que pode imaginar. E que voam mesmo, ora veja o vídeo.
E ainda tecnologia. Com a entrevista ao especialista em Inteligência Artificial Chris Lamberton, que garante que os robôs não vão roubar empregos, antes pelo contrário.
Para não sair do tema, deixo-o com 15 ilustrações de Brecht Vandenbroucke sarcásticas sobre o nosso mundo atual. Onde as redes sociais dominam até na hora da morte. E onde ninguém se ouve.
Depois deste resumo alargado para começar a manhã bem informado e de temas para ler se estiver de descanso por estes dias, já sabe: se sentir falta de alguma notícia ou novidade é só clicar no Observador. Estamos sempre a atualizar o nosso site.
Bom dia e bom Carnaval. Até quarta
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