Não apenas a esquerda, mas a maioria da sociedade começa a se voltar para Lula como única possibilidade de saída democrática.
Val Carvalho | Rio de Janeiro | opinião
Nova pesquisa mostra que Lula vence a eleição até mesmo condenado. De onde vem essa sua força? A força de Lula se alimenta de várias fontes. De sua resistência de sertanejo. De sua luta sindical. De sua trajetória política. Da memória de seu bom governo para os pobres e para a soberania nacional. É uma força inesgotável, que resiste ao maior bombardeio da história da mídia, tão arrasador que nenhum político aguentaria sequer um dia, quanto mais três anos seguidos, 24 horas por dia e por todos os meios de comunicação da grande mídia.
Mas a força de Lula vem aparecendo regularmente nas pesquisas, desnorteando os golpistas, porque com a economia indo a pique e os valores democráticos derretendo a olhos vistos, não apenas a esquerda mas a maioria da sociedade começa a se voltar para Lula como única possibilidade de saída democrática.
Lula já provou no governo que consegue articular interesses de classes em conflito num mesmo acordo nacional pelo desenvolvimento econômico. Mas para isso é necessário a volta da democracia; da vontade popular nas urnas, de eleições diretas livres e sem veto. O momento é de priorizar a derrota do estado de exceção e a volta da democracia.
Déficit público
Isso não desobriga o PT, as centrais sindicais combativas e os demais partidos e entidades de esquerda de organizarem os trabalhadores de forma independente.
O golpe se mostra competente em esmagar o povo, mas é totalmente impotente para retomar o crescimento e muito menos para apresentar uma perspectiva para o país. A criação de impostos é a confissão mais cabal de seu fracasso. Não foi para isso que se deu o golpe.
E não é culpa exclusive de Meirelles, mas da política econômica neoliberal e rentista, que penaliza investimentos públicos; contrai o mercado interno e derruba a receita, elevando ainda mais o déficit público. A compra bilionária de apoio de Temer no Congresso apenas reforça essa tendência de levar o país ao buraco mais profundo da recessão e falência geral dos órgãos da governança nacional.
*Val Carvalho é articulista do Correio do Brasil.
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