domingo, 16 de julho de 2017

Games of Thrones no Divã : Personagens são avaliados de acordo com a Psicologia.

Nesse domingo dia 16/07 estreia a Sétima temporada de Games of Thrones .

Os psicólogos Travis Langley (autor de “Psicologia em ‘Game of Thrones’” e “A Psicologia de Batman”), Janina Scarlet (autora de “Psicologia em ‘The Walking Dead’” e psicóloga que usa a cultura geek como elemento de terapia comportamental em seus pacientes), Erin Currie (“Psicologia em ‘Doctor Who?’”), Jenna Busch (“Psicologia em ‘Star Wars’”) e Matt Munson (“Psicologia em ‘Star Trek’”), descrevem em detalhes todas as paranoias que encantam os fieis espectadores. 




Cersei Lannister — Traumatizada  

Ela definitivamente tem uma conexão com a família. Ela protege seus filhos com tudo o que tem ao alcance. Talvez não do melhor jeito. Ela tem sérios problemas de confiança. E ela tem um trauma de que ninguém fala. Em famílias reais, o casamento forçado causa sérios danos. Casar-se com alguém que você nem conhece e ainda por cima ser apaixonada por outro é barra. Em um ponto ela diz pro marido que o amava no começo, mas que ele sempre amou outra. Isso na cabeça de uma adolescente que, segundo ela, tentou fazer o casamento funcionar e foi tratada como lixo. Há sinais claros de abuso emocional. Ela nunca aprendeu compaixão em sua família. E o único homem que a vê como pessoa é seu irmão — algo que eles levaram um pouco longe demais —, até seu filho a traiu. Sem comentar que ela perdeu todos os seus filhos e luta agora para ser a rainha dos setes reinos.


Joffrey Baratheon — Inseguro  
“Ok, ele é mau, mas eu prefiro dizer que ele é um produto de seu meio. Louco, certo? Mas sendo um rei absolutista, ele acha que pode tudo, inclusive atirar em uma prostituta. Talvez ele não seja mau, mas alguém que se obriga a ser mau, porque temos que considerar que lhe foi dado muito poder e ele é um adolescente cujas ideias ainda não foram formadas”, disse Matt Munson, que foi retrucado imediatamente: “Não, ele gosta daquilo além da medida.” Janine Scarlet diz que o rei carrasco tinha uma necessidade enorme de provar para si mesmo que tinha poder. “Embora ele pareça ter muita autoestima, é claro que ele não tem nenhuma. Pessoas que precisam o tempo todo humilhar as pessoas têm uma tendência à violência. Toda vez que ele ouve que os Lannisters perderam uma batalha, ele precisa descontar em alguém. Ele não suporta qualquer tipo de derrota. Ele é muito inseguro.” Graças a Deus ele se foi e não deixou saudades.


Melisandre — Má e manipuladora  
Segundo a psicóloga Janina Scarlet, Melisandre é a personagem que pode ser considerada má porque ela manipula as pessoas a ponto de fazê-las queimarem em uma fogueira os próprios filhos. E quando você começa a pôr fogo em crianças, é porque você cruzou a linha.

Mindinho — Psicopata ?

Mindinho é um cara que vive em um mundo cheio… daquele tipo de gente. E seu mecanismo de sobrevivência é fazer aquilo que ele faz. Então, para ele, ele não é um psicopata, ele apenas está jogando o jogo de maneira que não seja morto, o que é um desafio naquela sociedade (embora ele tenha uma das principais características da psicopatia, que é a completa falta de empatia pelo outro).

Ramsay Bolton— Maquiavélico e psicopata  

A definição de maquiavelismo, segundo a psicologia, é uma pessoa que tem um grande carisma e influencia as outras a segui-lo por meio de truques ou de charme. Alguém manipulador. Além disso, a pessoa tem um senso de posse e poder. Tyrion Lannister poderia ser um deles, mas a conclusão da mesa foi a de que Ramsey preenche todos os requisitos. E como preenche ! E mais: sua falta de empatia e o prazer em torturar suas vítimas apenas confirma a tese de sua psicopatia.

Walder Frey — O pior  
Na opinião de Erin Currie, não há ninguém pior em “Game of Thrones” que Walder Frey, o arquiteto do massacre que deixou dez entre dez fãs da série totalmente sem chão — episódio conhecido como “O Casamento Vermelho”, onde morreram Rob e Catelyn Stark. “Ele é o tipo de cara que não tem a menor compaixão por quem não lhe proporcione poder. Ele não é do tipo que suja as mãos, mas é bem narcisista e acha que o mundo gira ao seu redor.”

Arya Stark e Brienne de Tarth — As boas  

Apesar de ter matado muita gente e ser manipuladora, Arya não pode ser considerada uma psicopata, porque duas de suas principais características são a empatia e o senso de Justiça. Ver o pai ser morto daquele jeito mexe com sua cabeça, mas ela reconhece o que tem que fazer e como fazer para defender aqueles que foram vítimas. Outra que se encaixa na mesma categoria é Brienne de Tarth, por sua nobreza, seu código de ética, e o fato de ela não buscar o poder e não vilipendiar aqueles que são mais fracos que ela.

Jon Snow e Sam Tarly — Os bons  

No time dos homens, também entra na categoria dos bons o bravo Jon Snow. Ele se sacrifica por todos, arrisca a própria vida para salvar gente que ele mal conhece e junta os bravos para livrar pessoas injustiçadas. Junto a ele, Sam Tarly, que supera sua covardia ao defender outros, além de ser muito nobre. “Eles são os mais corajosos da série”, avalia Janina Scarlet.

Jaime Lannister — O renascido  

Embora tenha começado a série empurrando uma criança da janela de uma torre, Matt Munson considera que ao ter tido sua mão decepada, o personagem passou por uma morte simbólica que o transformou em um homem melhor. “Ele é o personagem que está crescendo e se transformando, o que não é uma boa ideia em se tratando de ‘Game of Thrones’, porque sabemos que os bons fatalmente acabam mortos nesta série.”

Tyrion Lannister — O sábio  


Embora tenha tido muitos problemas de autoestima, após a morte de seu pai e o afastamento de sua família, quanto mais assistimos, mais vemos sua evolução de um homem cínico a um empático aos outros. Além disso, desde a segunda temporada, vê-se como ele foi uma ótima mão do rei, inclusive tendo livrado Porto Real do ataque marítimo de Stannis Baratheon. E agora sua participação se intensifica ao lado de Danaerys. O que faz nos questionar se ele se voltou contra a sua família e de fato se encontrou ou tem algo escondido em sua personalidade.

Debora Oliveira
Psicóloga Clínica 

Nenhum comentário:

Postar um comentário