segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Violência juvenil, violência nas prisões, violência na tv. E boas notícias pelo meio.

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Enquanto Dormia
 
Diogo Queiroz de Andrade, Director adjunto
 
Olá bom dia.
Durante este fim de semana contamos várias histórias de casos mediáticos em que menores exerceram violência sobre outros jovens, numa série especial da autoria da Ana Dias Cordeiro. O relato que publicamos hoje inclui o testemunho de um aluno que aos 15 anos pensou em fazer numa escola de Massamá um massacre à americana, que felizmente acabou sem vítimas. Já no sábado tínhamos revelado o que aconteceu na Figueira da Foz, em 2014, quando o vídeo de um rapaz a ser agredido chegou à internet. E no domingo publicamos o caso de uma outra agressão muito mediática em Almada. Tudo retratos de uma violência mal escondida que precisa de uma abordagem integrada para ser combatida.

A actualidade

A manchete dsta manhã também trata de violência, mas da ocorrida nas prisões, onde o sistema parece ser muito permeável: Em três anos, houve nove expulsões do corpo da Guarda Prisional e mais doze guardas visados em processos, por causa da introdução ilegal nas cadeias de objectos como telemóveis e pacotes de droga. Também vale a pena ler este trabalho da Liliana Borges, que aproveitou um caso na Nova Zelândia para ir perceber o que interessa a maternidade de uma figura política.
O resumo do ano parlamentar revela que os partidos de esquerda não quiseram tomar a iniciativa política, apostando mais em recomendações ao executivo do que em projectos de lei: A Maria Lopes mostra as contas todas. Já a Liliana Valente foi perceber como é que o Governo reagiu às respostas que as câmaras deram há um ano, sobre o que fazer para combater os incêndios - e apesar de os municípios terem pedido ais responsabilidade e mais verbas, quase nada mudou. E no último dia em que os tribunais aceitam as listas de candidatura às autarquias, o Márcio Berenguer conta a discussão que anda à volta da dívida da Câmara do Funchal. O Diário de Notícias revela que o governo foi contra um parecer do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e aprovou uma lei que autoriza residência a imigrantes que tenham uma promessa de contrato de trabalho, ao mesmo tempo que impede expulsões a quem tenha cometido crimes como homicídios ou tráfico de droga.
Lá fora, vale a pena destacar o que se passou no Conselho de Segurança das Nações Unidas: a China aceitou finalmente refrear as ambições militaristas da Coreia do Norte e permitiu sanções que vão eliminar um terço das exportações de Pyongyang, que se espera que seja agora obrigada a negociar. Já na Venezuela, Caracas diz ter travado uma revolta militar contra o regime já depois de a nova assembleia constituinte ter demitido a procuradora-geral que era a última figura oficial de relevo que se opunha ao poder único de Maduro. 
E com a época futebolística já em pleno, começamos pelo Europeu feminino, onde as holandesas brilharam na final contra a Dinamarca. Já hoje, vale a pena estar atento à final do triplo salto de hoje onde concorrem duas portuguesas que já merecem o destaque pelo percurso brilhante: Patrícia Mamona e Susana Costa. O Luís Lopes fez o resumo do fim de semana e o Marco Vaza destacou a vitória de Justin Gatlin nos 100 metros, tal como o Miguel Esteves Cardoso.

A profundidade

Começo por duas entrevistas que merecem destaque e leitura atenta: Catarina Vaz Pinto, vereadora da CML que assume o papel decisivo da cultura numa cidade com crescente pressão turística - e que pelo meio assume não ter vocação para primeira-dama das Nações Unidas, numa entrevista desassombrada que precisa mesmo de ser lida. E a Isabel Lucas pôs Mega Ferreira a falar de viagens como só ele sabe, sem deixar de puxar livros e futebol para a conversa.
Ontem também publicamos um artigo importante para as famílias que têm um aluno que ficou no 12º ano. Como quase sempre, vale a pena olhar para o problema como uma oportunidade, explica a Bárbara Wong, que detalha opções para aproveitar um ano que não deve mesmo ser perdido.
Este texto de David Marçal sobre uma imimente revolução no envelhecimento é uma reflexão interessantísisma sobre o futuro da sociedade num mundo em que poderemos ser sempre jovens, que é o que parecem prometer os mais recentes avanços científicos.
E fecho com um artigo da Esquire (em inglês), que explora os limites dos reality-shows ao estudar as motivações e comportamentos de um concurso que estreou na semana passada: Darkness é passado em total e absoluta escuridão, no fundo de uma gruta que testa a resistência física e psíquica dos concorrentes.
Esta coisa da escuridão é pouco apelativa quando está um sol tão bonito em quase todo o país. Por isso lhe desejo um resto de bom dia, fazendo votos de que nos venha visitar por aqui. Até amanhã.

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