terça-feira, 27 de março de 2018

Comunicado da ADASCA: Dia Nacional do Dador de Sangue 2018

Em declarações ao Diário as Beiras, edição do dia 27 /03, páginas 4 e 5 somos informados como está a situação actual em termos de sangue disponível: Nada de preocupante.
O que diz o actual presidente do Conselho Directivo do IPST sobre esta data: “ Queremos homenagear os dadores de sangue e reconhecer o que representa a dádiva de sangue, voluntária, generosa, altruísta, e o que representa como ação de solidariedade e afirmação de cidadania, no deve e haver social” lê-se na entrevista concedida ao citado jornal.
Além de triste é lamentável a referência que é feita às associações de dadores de sangue, cuja missão é sempre empurrada para segundo plano.
O programa da comemoração desta data é pobre, inclui os mesmos de sempre, com discursos de circunstância, com os mais importantes à distância como acontece há uns anos a esta parte: quem doa sangue.
Eu próprio como dirigente associativo, fundador e presidente da direcção da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro – ADASCA, com 11 anos de existência, sinto-me indignado, senão mesmo envergonhado por tudo o que está acontecendo na área da dádiva de sangue.
Nem uma referência aos valores que os hospitais públicos e privados têm em dívida para com o IPST. Não interessa. Só nos sabem dizer que não há verbas para aumentar os apoios financeiros.
Os dadores sangue são mal tratados no SNS a começar pelos famosos centros de saúde, onde são vistos como interesseiros, e muitos deles obrigados a pagar a isenção das taxas moderadoras quando a lei determina a sua isenção.
Nós dadores não passamos de números e estatística, funciona tudo à volta do mesmo: Custo vs. benefício, sendo chutados para canto.
A comemoração do Dia Nacional do Dador de Sangue, assim o designam, não é mais nem menos do que uma reunião com uns poucos dirigentes, os mesmos que se têm servido dos dadores para ficarem bonitos na foto de “família”, e saborear uma ementa ligeira, mas, diferente. Com mensagens estudadas, frases feitas para agradarem, porque os que justificam a existência das associações e até certo ponto do IPST não são tidos nem achados.
Alguém foi observar quantos dadores estiveram presentes respectiva cerimónia? Certamente que não. Nos locais de colheitas inventa-se um certo charme para os receber, logo mais, continua tudo na mesma.
A Daniela Brandão, dadora de sangue, na véspera do DNDS de sangue enviou-nos o seguinte e-mail:
- “Boa tarde,
Sou dadora de sangue há uns anos e no passado dia 01/03/2018 fui dar sangue.
Recebi hoje o meu recibo de vencimento e foi descontado a tarde.
Informei antecipadamente que iria faltar à entidade patronal.
Entreguei as devidas justificações e recebi hoje o meu recibo de vencimento e verifico que descontaram a tarde.
Questiono se é legal descontar a tarde visto que fui dar sangue.
Obrigada”.
A queda da natalidade tem sido apontada como causa para a quebra de dádivas de sangue, como ainda a saída de dadores para países estrangeiros, pode haver alguma relação, mas, não é a principal. Todos os presidentes que passaram pelo Conselho Directivo do IPST disseram o mesmo, querendo justificar o injustificável, nunca assumindo o óbvio.
Existe uma geração de dirigentes associativos que são os genuínos obreiros da causa para a dádiva de sangue, esses estão escasseando. Têm sido esquecidos pelo IPST e pelos Centros Regionais de Sangue. Vamos aguardar pelo que o tempo nos reserva.
Com a evolução dos tempos e alguns génios, os dadores passaram a pagar para doarem sangue. Sim, pagam as deslocações, os bilhetes de comboio ou de autocarro, são penalizados nas empresas como a Daniela Brandão, sem que o ministério da saúde o IPST faça o que compete fazer.
Para terminar, a ADASCA não alinha nestas comemorações, nem tão pouco o seu presidente desperdiça o seu precioso tempo nas vaidades à vista.
O lugar do presidente da direcção é junto dos dadores associados da ADASCA, são eles a principal causa de existência desta associação.
Conclusão: o que seria do IPST se não fossem as associações a trabalhar no terreno, junto das comunidades locais? Nem sequer o CST de Coimbra é digno de ter na sua área geográfica uma associação como a ADASCA.
Diz o ditado popular: nem tudo o que parece é, existe por ai muita folhagem, muitas facadas nas costas, sou uma das vítimas de um conjunto de traidores.
Os dadores sejam solidários, mas, que abram os olhos, observem bem o que se passa à sua volta, como ainda o que é feito em seu nome.


Joaquim Carlos
Fundador/Presidente da Direcção da ADASCA

Aveiro, 27 de Março de 2018 

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Colheita de Sangue dia 28 das 15 às 19:30 horas no Posto Fixo da ADASCA | Hoje não fique indiferente… o próximo pode ser um de nós no dia seguinte!

MARÇO
Dia 28 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dia 31 das 9 horas às 13 horas (Sábados)

ABRIL
Dias 4, 11, 18 e 25 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 7, 14, 21 e 28 das 9 horas às 13 horas (Sábados)

MAIO
Dias 2, 9, 16, 23 e 30 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 5, 12, 19 e 26 das 9 horas às 19:30 horas (Sábados)

JUNHO
Dias 6, 13, 20 e 27 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 2, 9, 16, 23 e 30 das 9 horas às 13 horas (Sábados)

                                                                                
Estão criadas as condições para os aveirenses aderirem à dádiva, como ainda os que vivem nos arredores de Aveiro. As oportunidades ajustam-se, assim haja vontade.

J. Carlos

O Posto Fixo da ADASCA fica localizado no 1º. Piso deste Mercado, podendo os dadores servirem-se do elevador e do parque de estacionamento na cave.

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