Em
declarações ao Diário as Beiras, edição do dia 27 /03, páginas 4 e 5 somos
informados como está a situação actual em termos de sangue disponível: Nada de
preocupante.
O
que diz o actual presidente do Conselho Directivo do IPST sobre esta data: “
Queremos homenagear os dadores de sangue e reconhecer o que representa a dádiva
de sangue, voluntária, generosa, altruísta, e o que representa como ação de
solidariedade e afirmação de cidadania, no deve e haver social” lê-se na
entrevista concedida ao citado jornal.
Além
de triste é lamentável a referência que é feita às associações de dadores de
sangue, cuja missão é sempre empurrada para segundo plano.
O
programa da comemoração desta data é pobre, inclui os mesmos de sempre, com
discursos de circunstância, com os mais importantes à distância como acontece
há uns anos a esta parte: quem doa sangue.
Eu
próprio como dirigente associativo, fundador e presidente da direcção da
Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro – ADASCA, com 11 anos de existência,
sinto-me indignado, senão mesmo envergonhado por tudo o que está acontecendo na
área da dádiva de sangue.
Nem
uma referência aos valores que os hospitais públicos e privados têm em dívida para
com o IPST. Não interessa. Só nos sabem dizer que não há verbas para aumentar
os apoios financeiros.
Os
dadores sangue são mal tratados no SNS a começar pelos famosos centros de
saúde, onde são vistos como interesseiros, e muitos deles obrigados a pagar a
isenção das taxas moderadoras quando a lei determina a sua isenção.
Nós
dadores não passamos de números e estatística, funciona tudo à volta do mesmo:
Custo vs. benefício, sendo chutados para canto.
A
comemoração do Dia Nacional do Dador de Sangue, assim o designam, não é mais
nem menos do que uma reunião com uns poucos dirigentes, os mesmos que se têm
servido dos dadores para ficarem bonitos na foto de “família”, e saborear uma
ementa ligeira, mas, diferente. Com mensagens estudadas, frases feitas para
agradarem, porque os que justificam a existência das associações e até certo
ponto do IPST não são tidos nem achados.
Alguém
foi observar quantos dadores estiveram presentes respectiva cerimónia?
Certamente que não. Nos locais de colheitas inventa-se um certo charme para os
receber, logo mais, continua tudo na mesma.
A
Daniela Brandão, dadora de sangue, na véspera do DNDS de sangue enviou-nos o seguinte
e-mail:
- “Boa
tarde,
Sou
dadora de sangue há uns anos e no passado dia 01/03/2018 fui dar sangue.
Recebi
hoje o meu recibo de vencimento e foi descontado a tarde.
Informei
antecipadamente que iria faltar à entidade patronal.
Entreguei
as devidas justificações e recebi hoje o meu recibo de vencimento e verifico
que descontaram a tarde.
Questiono
se é legal descontar a tarde visto que fui dar sangue.
Obrigada”.
A
queda da natalidade tem sido apontada como causa para a quebra de dádivas de
sangue, como ainda a saída de dadores para países estrangeiros, pode haver alguma
relação, mas, não é a principal. Todos os presidentes que passaram pelo Conselho
Directivo do IPST disseram o mesmo, querendo justificar o injustificável, nunca
assumindo o óbvio.
Existe
uma geração de dirigentes associativos que são os genuínos obreiros da causa
para a dádiva de sangue, esses estão escasseando. Têm sido esquecidos pelo IPST
e pelos Centros Regionais de Sangue. Vamos aguardar pelo que o tempo nos
reserva.
Com
a evolução dos tempos e alguns génios, os dadores passaram a pagar para doarem
sangue. Sim, pagam as deslocações, os bilhetes de comboio ou de autocarro, são
penalizados nas empresas como a Daniela Brandão, sem que o ministério da saúde
o IPST faça o que compete fazer.
Para
terminar, a ADASCA não alinha nestas comemorações, nem tão pouco o seu
presidente desperdiça o seu precioso tempo nas vaidades à vista.
O
lugar do presidente da direcção é junto dos dadores associados da ADASCA, são
eles a principal causa de existência desta associação.
Conclusão:
o que seria do IPST se não fossem as associações a trabalhar no terreno, junto
das comunidades locais? Nem sequer o CST de Coimbra é digno de ter na sua área
geográfica uma associação como a ADASCA.
Diz
o ditado popular: nem tudo o que parece é, existe por ai muita folhagem, muitas
facadas nas costas, sou uma das vítimas de um conjunto de traidores.
Os
dadores sejam solidários, mas, que abram os olhos, observem bem o que se passa
à sua volta, como ainda o que é feito em seu nome.
Joaquim
Carlos
Fundador/Presidente
da Direcção da ADASCA
Aveiro,
27 de Março de 2018
______________________
Colheita de Sangue dia 28 das 15 às 19:30 horas no
Posto Fixo da ADASCA | Hoje não fique indiferente… o próximo pode ser um de nós
no dia seguinte!
MARÇO
Dia
28 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dia
31 das 9 horas às 13 horas (Sábados)
ABRIL
Dias
4, 11, 18 e 25 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias
7, 14, 21 e 28 das 9 horas às 13 horas (Sábados)
MAIO
Dias
2, 9, 16, 23 e 30 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s
Feiras)
Dias
5, 12, 19 e 26 das 9 horas às 19:30 horas (Sábados)
JUNHO
Dias
6, 13, 20 e 27 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias
2, 9, 16, 23 e 30 das 9 horas às 13 horas (Sábados)
Estão criadas as
condições para os aveirenses aderirem à dádiva, como ainda os que vivem nos
arredores de Aveiro. As oportunidades ajustam-se, assim haja vontade.
J. Carlos
Site: www.adasca.pt
O Posto Fixo da
ADASCA fica localizado no 1º. Piso deste Mercado, podendo os dadores
servirem-se do elevador e do parque de estacionamento na cave.
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