sexta-feira, 2 de março de 2018

Desemprego oculto # O Público em Itália # ípsilon especial # E um convite

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
É uma sexta-feira com chuva (abençoada).
E com uma chuva de notícias também. Estas são as últimas: 

A justiça de Angola vai investigar Isabel dos Santos. Na origem do inquérito está uma denúncia da actual administração da Sonangol, nomeada pelo novo Presidente angolano, sobre uma transferência, alegadamente irregular, de 38 milhões de dólares.
Donald Trump abriu mais uma guerra comercial: anunciou um agravamento das taxas nas importações de metais, enervando aliados e fazendo estremecer Wall StreetA China reagiu com críticas, mas alguma prudência, e acabou por ser a União Europeia a prometer uma resposta à letra. Olhando para as medidas anunciadas, o New York Times explica bem o que está realmente em risco.
A Coreia do Sul quer negociar com Kim. Num telefonema para a Casa Branca, o presidente Moon Jae-in explicou que quer aproveitar o bom clima que resultou dos Olímpicos de Inverno para negociar com a Coreia do Norte. E Trump respondeu que o objectivo da América é acabar com as armas nucleares da Coreia, conta o The Guardian. A verdade é que, ontem, a pensar nas eleições, Putin apregoou novas armas nucleares.
Puigdemont desistiu de ser presidente... temporariamente. O objectivo é permitir a eleição de Jordi Sànchez – este, porém, está preso e o Governo de Madrid já fez saber que reactiva o artigo 155 (que retira a autonomia à região) se tal acontecer. Dito isto, o impasse continua igual.
O Facebook concluiu que tirar notícias do feed "não foi eficaz". A experiência foi feita em seis países onde havia um aumento de notícias falsas em circulação. Mas chegou à conclusão de que as notícias falsas até aumentaram. E que os utilizadores não gostaram da ideia.

O que marca o dia

O desemprego real é o dobro do oficial: atingiu os 17,5% no final de 2017, segundo o cálculo do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, num trabalho de desocultação do verdadeiro impacto da crise na cada vez mais frágil e precária relação das pessoas com o trabalho. A Natália Faria destapa esse véu aqui, mas também o das desigualdades nas rotas migratórias.
Uma má notícia sobre consumo: o prazo de garantia de equipamentos pode “encolher” um anoOs consumidores portugueses estão entre os mais prejudicados com uma proposta europeia de harmonização das garantias de computadores ou electrodomésticos, conta a Rosa Soares.
A melhor notícia da noite veio da Autoeuropaos trabalhadores aprovaram o pré-acordo laboral, pondo fim a uma longa negociação entre administração e trabalhadores.
Na EDP, Mexia deixou um recado sobre o futuro“Os accionistas já decidiram o que querem”, dê no que der a investigação judicial em curso. E a decisão, diz, "é dos accionistas".
No PSD, Negrão pediu desculpas aos deputados. Mas recebeu críticas e uma proposta de referendo, acrescenta a Sofia Rodrigues.
O Parlamento ainda não desatou o nó do financiamento partidário. Mas, conta a Maria Lopes, Marcelo deverá receber lei muito parecida com a que vetou. A TSF acrescenta um ponto: os partidos receberam 396 mil euros de IVA em 2017 - um dos pontos centrais da polémica.
Na descentralização, meio caminho andadoGoverno e PSD comprometem-se a aprovar lei até ao fim da legislatura.
Na Justiça, só está uma pequena porta aberta: o PSD lançou a escada a um novo "consenso", o PS atirou para mais tarde
Ja na Saúde, duas notícias em sentido contrárioum problema com os medicamentos contra a hepatite C; e um pronuncio de acordo entre ADSE e privados (diz o Negócios).
Anote só mais um aviso de Marcelo: Marcelo quer ver uma investigação sobre Tancos a ir "mais longe e a fundo"

Itália, ípsilon, Óscares, clássico 

1. As eleições em Itália são já no domingo - e prometem muita incerteza. A Sofia Lorena já nos deu um quem é quem na corrida para governar Itália, relembrando que ninguém terá maioria para governar. Este é apenas o ponto de partida, porque Itália é o país da UE com mais jovens desocupados, também um país que pôs os refugiados "longe da vista" e sem direitos, que abriu um espaço a Salvini, o político que sequestrou a campanha com a “invasão migratória”. E a uma contramanifestação, que encheu a cidade de gritos contra o perigo do fascismo.
Em Roma, a Sofia dá-nos hoje uma reportagem num centro de refugiados, onde esteve de braço dado ao eritreu Yemane. Por cá, o Jorge Almeida Fernandes já tinha escrito este "quem respeita a Itália?", que vale ouro para quem quiser perceber o big picture das eleições. Já Francisco Assis mostra-se um pouco menos pessimista. No domingo aqui estaremos, para ver no que dá.

2. A noite dos Óscares está aí. Já sabe quem é o apresentador, já sabe quais são os nomeados (if notaqui está um lembrete), mas chegou a hora de fazer apostas. Depois de olharmos para os Bafta, que são sempre um sinal, e sem que os prémios de Berlim contem para esta história, entrámos no jogo à espera de domingo. Em que filme estará o melhor documentárioactor secundárioactriz secundáriamelhor actormelhor actrizE o melhor filme, estará à beira da cerimónia? Domingo, noite fora, vamos contar-lhe tudo ao minuto (mas isto já dá para aquecer).
3. Um ípsilon deu-nos um guia, a olhar para o futuro. O Vasco Câmara explica tudo no editorial: depois de fazer as escolhas para o ano de 2018, a equipa começou a pensar num guia diferente. E se olhássemos para outros nomes, menos óbvios? E assim nasceu mais um número para ler e guardar: aqui, hoje, falamos de valores seguros, de novos valores, de encontros marcados para os próximos anos.  
4. Hoje há Porto-Sporting. E pode bem ser um jogo decisivo. Porque alguém tem que falar de futebol, o Nuno Sousa pôs-se a rever as tácticas dos últimos jogosentre Sérgio Conceição e Jorge Jesus, explicando o que se perspectiva para hoje à noite. Também escrevemos sobre a Liga, que é a mais competitiva dos últimos temposdas lesões (que têm sido mais no Sporting) e das estatísticas, que também dão vantagem ao Porto. Mas no fim, são 11 contra 11. Quem ganha hoje?

A agenda de hoje

O Parlamento regressa à polémica lei do financiamento dos partidos, tentando desatar o nó do veto presidencial. Marcelo leva o Presidente alemão ao Porto, para abrir a exposição "Encontros", de Günter Grass, na Casa-Museu Guerra Junqueiro.
No Luxemburgo, o Museu de Arte Moderna, agora comandado pela antiga directora do Museu de Serralves, Suzanne Cotter, inaugura uma exposição do artista português João Penalva.
Voltando ao Porto, hoje há clássico no Dragão, com um Porto-Sporting que pode ser o primeiro jogo decisivo na luta por um dos campeonatos mais competitivosda Europa.
E amanhã, também no Porto, temos o Festival P, onde nós gostaríamos de estar consigo. Sim, isto é um convite. Para uma festa, onde não faltarão as conversas, as provas de vinho, um showcooking, as exposições e até um fotoconcerto, do Pedro Abrunhosa, feito à medida do PÚBLICO. É uma festa que antecipa o nosso 28º aniversário, que é já na 2ª-feira. E onde, claro, não faltaremos nós. 
O convite é, portanto, para que venha ter connosco ao Hard Club, a partir das 10h45. Basta entrar aqui para se inscrever - ou passar por lá, porque estaremos de portas abertas, com sorrisos abertos, de braços abertos. O nosso sábado é para si.

Até já, até lá! 
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