Líder da Fenprof considera que o Governo não vai querer entrar em colisão com o Presidente da República.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, devolveu esta quarta-feira o diploma do tempo de serviço dos professores por entender que a norma incluída pelos partidos no Orçamento do Estado para 2019 obriga a que o diploma "seja objeto de processo negocial".
Mário Nogueira, líder da Fenprof, acredita agora que o Governo vai mesmo negociar, partindo de uma posição de maior abertura. O sindicalista acredita que o Executivo vai procurar evitar um confronto com o Presidente da República e com o Parlamento, procurando uma forma de atender às exigências dos professores.
"Se esta solução fosse a solução que poderia ser aprovada, teria sido aprovada", começou por reforçar. "Penso que o Governo, que já tinha entrado em processo de colisão e de afronta ao Parlamento, não quererá alargar essa afronta ao Presidente da República", alertou Mário Nogueira, expressando o desejo de que o Governo se apresente disponível para negociar, até porque "está completamente isolado nesta matéria."
Caso contrário, Mário Nogueira garante que "como é evidente e todos percebem, os professores através da sua luta irão obrigá-lo [ao Governo] a negociar."
Gonçalo Teles / TSF
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