Enquanto dormia...
Marcelo Rebelo de Sousa usou o seu poder de veto e mandou para trás o diploma que recuperava parte das carreiras congeladas dos professores. O golpe de caneta do Presidente tem duas consequências imediatas:
- A 1 de Janeiro os professores não têm nada, nem sequer os 2 anos, 9 meses e 18 dias que o governo lhes dava e os sindicatos contestavam;
- O ministro da Educação vai ter que voltar a sentar-se à mesa com Mário Nogueira.
Confirma-se, assim, que o Governo está isolado neste tema. António Costa foi atirado às cordas em três movimentos:
- Ao nível do parlamento, os restantes partidos juntaram-se todos para colocar no Orçamento para 2019 a obrigação de novas negociações;
- Ao nível do Estado, a Madeira (governada pelo PSD) e os Açores (governados pelo PS) votaram pela recuperação integral do tempo de serviço congelado dos professores que exercem nas regiões autónomas;
- Ao nível do regime, vem agora o veto de Marcelo.
O tema é complicado, por isso temos sete respostas para perceber o veto de Marcelo. A Rita Tavares dá todos os pormenores.
Vamos à contabilidade, feita pela agência Lusa: Marcelo já vetou 11 diplomas desde que é Presidente e esta é a terceira vez que devolve um decreto-lei ao Governo.
Mais informação importante
Os sindicatos dos Enfermeiros marcaram uma nova “greve cirúrgica” nos blocos operatórios. Vai de 4 de janeiro a 28 de fevereiro e envolve sete centros hospitalares.
Arménio Carlos volta a avisar: “Saltou a tampa da panela de pressão. (...) É evidente que a conflitualidade vai aumentar”. Em entrevista ao Público, o secretário-geral da CGTP diz que não está fora de questão uma greve geral.
Os consumidores que devolvam garrafas de plástico vão passar a receber um prémio atribuído pelo Ministério do Ambiente. Não se sabe ainda que prémio será esse, mas a medida deve entrar em vigor até ao fim de 2019.
Um dos helicópteros de busca e salvamento da Força Aérea está parado há um ano e meio por falta de verba.A empresa de reparação suspendeu os trabalhos quando o Estado falhou uma tranche do pagamento, avança o DN.
Duarte Lima perdeu o seu último recurso no Tribunal Constitucional. A condenação do ex-deputado do PSD a seis anos de cadeia por uma burla ao BPN vai tornar-se definitiva a 17 de janeiro, segundo a SIC.
Donald Trump fez uma visita surpresa às tropas americanas no Iraque e aproveitou para defender a retirada das forças na Síria com uma frase de efeito (mais uma): "Os Estados Unidos não podem continuar a fazer as guerras por todos os países do planeta. Já não somos mais os totós, pessoal".
Na Andaluzia, está consumada a mudança de poder: PP e Ciudadanos dividem entre si a governação e têm o apoio do Vox.
No futebol internacional, o Boxing Day teve reviravoltas e recordes:
- Ronaldo começou o jogo no banco, entrou, salvou a Juventus da primeira derrota (ajudando ao empate com a Atalanta) e conseguiu mais um recorde;
- Noutro jogo da Série A italiana, Icardi ficou a centímetros de um dos golos mais rápido da história mas o Inter venceu o Nápoles nos descontos;
- Em Inglaterra, o Leicester venceu o Manchester City com um golo de Ricardo Pereira; o Chelsea derrotou o Watford no dia do golo 100 de Hazard; e Ryan Sessegnon tornou-se o terceiro mais novo a marcar no Boxing Day no empate dos Wolves frente ao Fulham.
Os nossos Especiais
O Cirque du Soleil está de volta a Portugal e, por isso, fomos ver como o maior circo do mundo anda por cinco continentes com a casa às costas: precisa de 25 a 60 camiões para viajar e os artistas ficam tão fechados que tomam suplementos de vitamina D. A Marta Leite Ferreira e o João Porfírio estiveram nos bastidores.
A nossa Opinião
José Manuel Fernandes escreve "O dia em que Costa se engasgou com a austeridade": "De repente Costa omitiu a palavra-fetiche: austeridade. E até descobriu que passámos 'anos difíceis'. É um sinal de que o blá-blá da 'reposição de rendimentos' se tornou a bomba relógio da geringonça".
Helena Garrido escreve "Um guia (pouco) optimista para 2019": "Aquilo que já nos mostra a saída de 2018 dificulta bastante um exercício de previsões optimistas para 2019. Mas aqui está ele. Com o optimismo possível".
Eu escrevo "Assunção Cristas vai pedir votos com um 'colete amarelo'?": "Ao colar-se aos coletes amarelos, Cristas quis mostrar que tem a capacidade de sair da bolha e ouvir o povo. Terá tudo isso. Só não tem o bem mais precioso de um político: um filtro para o disparate".
Paulo Tunhas escreve "O ano 2019": "Vamos, pois, continuar a imaginar as mesmas coisas, mesmo que em perfeito divórcio da realidade. Não dá trabalho e não traz chatices. O resto é pouco importante. 2019 vai ser a cara chapada de 2018".
Notícias surpreendentes
Hoje estreia “O Ben Está de Volta”, um drama com Julia Roberts e Lucas Hedges sobre uma mãe que faz tudo para que o filho toxicodependente se mantenha sóbrio na época natalícia. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
Há mais dois filmes para ver esta semana: “O Amante Duplo” é um thriller de François Ozon; e "Dogman", do italiano Matteo Garrone, valeu o Prémio de Melhor Actor em Cannes a Marcello Fonte.
Morreu a atriz Manuela Cassola, a Justina de “Inspetor Max”. A atriz tinha 93 anos.
Havia um cemitério com 28 corpos romanos debaixo do restaurante Solar dos Presuntos, em Lisboa, e só agora é que o descobriram, durante obras de expansão. Esta necrópole romana pode datar dos séculos II ou III.
Foi um dos vencedores da lotaria de Natal espanhola, o El Gordo, e três dias depois morreu. José Luis Rodrigo López, de 84 anos, ia receber 400 mil euros.
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