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A maior nota de todas, de cor arroxeada e dimensão quase mítica, vai começar a desaparecer.
Há uma nota de que todos ouvimos falar, da qual já vimos imagens, mas que poucos tiveram a sorte de manusear. A partir de 27 de janeiro, os banco nacionais públicos de cada país (à exceção de Áustria e Alemanha) vão, por ordem do Banco Central Europeu, reter as notas de 500 euros que cheguem à sua posse.
A medida, explica o El País, tem como objetivo evitar que sejam praticadas "atividades ilícitas", como branqueamento de capitais e fuga ao fisco, tráfico de drogas ou terrorismo. Pela Europa circulam 521 milhões destas notas, sendo que nuestros vizinhos chegaram a acumular 26% das mesmas.
Perante um cenário como este, o Banco Central Europeu avançou para o fim da sua distribuição "tendo em conta a preocupação de que notas desta quantia possam facilitar a prática de atividades ilícitas." Em 2013, Mario Draghi, presidente do BCE, defendia estas notas por cumprirem "um papel enquanto depósito de valor, meio de pagamento e retenção de ativos", negando-se a retirá-las do mercado.
Segundo fontes do BCE, a retirada de circulação vai mesmo avançar ainda durante este mês de janeiro: as notas continuam a circular e a ser de uso legal, podendo ser usadas como forma de pagamento mas, assim que derem entrada num banco central dentro da zona euro, ficarão retidas. Não obstante, mantêm o seu valor e podem mesmo ser trocadas, em qualquer momento, por outras notas de menor valor.
No que diz respeito ao Banco Federal da Alemanha e ao Banco Nacional da Áustria, as razões da exceção são justificadas com a tentativa de garantir "uma transição harmoniosa" e por "razões logísticas". Ambos vão continuar a reintroduzir estas notas no mercado até 26 de abril de 2019 porque, explica o BCE, "têm um uso efetivo mais elevado deste tipo de notas." O mercado não aceita a justificação e encara-a apenas como uma forma de desvalorizar as críticas alemãs a esta medida.
Fonte: TSF
Foto: Pixabay
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