segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Coletes amarelos. Ex-campeão de boxe francês entregou-se depois de agredir dois polícias

Um dos polícias que o ex-pugilista atacou foi enviado em 15 dias de licença, segundo a promotoria de Paris.


O ex-campeão de boxe francês filmado a agredir dois polícias durante o protesto de "coletes amarelo" em Paris no último fim de semana, entregou-se às autoridades esta segunda-feira.
Segundo a agência Reuters, Christophe Dettinger afirmou que se estava a defender.
Christophe Dettinger, que foi duas vezes campeão nacional, foi apanhado por uma câmara s saltar as grades de uma ponte pedestre que estava a ser bloqueada por policiais empunhando bastões antes de golpear os oficiais, forçando-os a recuar.
Dettinger, de 1,92 metros, estava a participar no oitavo sábado de protestos contra o governo que estão a afetar a autoridade do presidente Emmanuel Macron.
A manifestação começou pacificamente, mas tornou-se mais violenta quando a polícia disparou gás lacrimogénio para impedir que os manifestantes, que incendiaram carros e queimaram barricadas, chegassem ao Parlamento.
Numa publicação no Facebook, o ex-pugilista diz que participou em todas as manifestações dos coletes amarelos e que assistiu à repressão da polícia, e a "fazer mal aos jovens".
"Fui gaseado com um amigo e a minha esposa, e fui tomado pela raiva. Então sim, agi mal. Eu agi mal, mas defendi-me", disse Dettinger num vídeo postado no Facebook antes de se entregar. "Fi-lo pelo futuro dos meus filhos", acrescentou.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, descreveu o ataque de Dettinger como "cobarde e intolerável".
Num outro vídeo, Dettinger, usando um chapéu preto, luvas e casaco, mas sem máscara, pode ser visto a pontapear um polícia no chão.
Um dos polícias que o ex-pugilista atacou foi enviado em 15 dias de licença, segundo a procuradoria de Paris.
A presidência de Emmanuelle Macron foi abalada pelas manifestações e pela luta das autoridades para manter a ordem no fim-de-semana, em que foram levantadas questões sobre as táticas de policiamento e a resposta mais ampla do presidente à onda de distúrbios.
Fonte: RR

Nenhum comentário:

Postar um comentário