O Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, que concretiza a estratégia de investimentos estruturantes do Portugal 2030, contempla várias prioridades de investimento para o concelho de Torres Vedras. “Estamos a acompanhar todo este processo desde o seu início” disse Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, em conferência de imprensa sobre o programa que foi discutido na Assembleia da República a 31 de janeiro e cuja discussão segue agora para especialidade.
“Transportes e mobilidade” é uma das linhas orientadoras do plano, onde se integra a modernização e eletrificação da Linha do Oeste entre Meleças e Caldas da Rainha. “Uma infraestrutura há muito ambicionada” que tem o lançamento do concurso marcado para este ano. “A renovação da Linha do Oeste, a sua modernização e a possibilidade de vir a ter novas composições é determinante para o futuro do nosso território e da nossa região” sublinhou Carlos Bernardes, que lembrou que no horizonte está a ligação de Caldas da Rainha a Louriçal.
Na componente da rodovia, o destaque vai para o IC11, que fará a ligação entre Peniche, Lourinhã, nó da A8 na localidade de Ameal, Pero Negro, Arruda dos Vinhos e Carregado. Em causa está uma infraestrutura “relevante” que irá dar resposta a “uma velha aspiração dos oestinos”, com a Comunidade Intermunicipal do Oeste – OesteCIM a trabalhar em torno do projeto. Já no âmbito da acessibilidade a áreas empresariais, o PNI 2030 contempla a ligação entre as localidades de Paio Correia e Palhagueiras, que se assume como “fundamental” para o escoamento diário de cerca de 300 camiões semirreboque que “todos os dias abastecem o mercado nacional e internacional de frescos.” Este é um investimento que se reveste de especial importância, uma vez que se assume como a primeira fase da estrada para Santa Cruz, consignada no Plano Diretor Municipal de Torres Vedras.
Carlos Bernardes congratulou ainda a ampliação do Aeroporto Humberto Delgado, que poderá significar benefícios do ponto de vista turístico e empresarial para o concelho, assim como a ampliação do Porto de Lisboa, dado o nível de exportação do território.
No que diz respeito ao ambiente, os investimentos previstos pelo PNI 2030 irão permitir continuar a trabalhar em torno da proteção do litoral. Neste âmbito, o autarca destacou a intervenção na Praia Azul, que se encontra a ser terminada, enquanto o Plano de Pormenor da Foz do Sizandro está a ser ultimado. Já na vertente da energia, o plano pretende fomentar modelos renováveis, com uma “aposta clara” nas energias fotovoltaicas.
O documento estratégico incide ainda sobre a gestão da água, contemplando financiamento com vista ao aproveitamento de águas das Estações de Tratamento de Águas Residuais - ETAR. Um investimento que, segundo Carlos Bernardes, irá permitir tratar as águas residuais de forma “eficiente e eficaz” para que possam vir a ser utilizadas para fins agrícolas e que exigirá um trabalho de parceria com as associações de regantes e a empresa Águas do Tejo Atlântico.
“Temos aqui grandes desafios pela frente” destacou o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, valorizando o PNI 2030 enquanto uma “proposta coerente, equitativa e equilibrada” que irá permitir ao país ter melhores infraestruturas. “No caso de Torres Vedras, é um documento que nos permite sonhar e avançar com projetos para o futuro” afirmou Hugo Lucas, vereador das Infraestruturas e Obras Municipais.
Consulte aqui a incidência no Município de Torres Vedras do Programa Nacional de Investimentos.
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