segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

TORRES VEDRAS ASSINALOU 40 ANOS DE ELEVAÇÃO À CATEGORIA DE CIDADE


Torres Vedras assinalou os 40 anos de elevação à categoria de cidade através de uma sessão evocativa que decorreu este domingo no Auditório do Edifício dos Paços do Concelho. No início da sessão foram recordadas as declarações de Alberto Avelino à RTP no dia 3 de fevereiro de 1979, dia em que foi publicada a lei que consagrou a elevação da vila de Torres Vedras a cidade. “As pessoas estão bastante interessadas e contentes” afirmava o então presidente da Câmara Municipal, referindo-se à população de uma cidade “em franco desenvolvimento e com uma indústria bastante florescente.”

Coube a Carlos Guardado da Silva traçar o enquadramento histórico, lembrando que, à época, “não eram claros, ainda, os critérios para a definição do estatuto de cidade, que viriam a ser definidos apenas pela Lei 11/82 de 2 de junho.” No entanto, em 1979, a vila de Torres Vedras já “respondia inteiramente” ao que viria a ser estipulado como requisito para a elevação. Ao assumir-se como a primeira vila elevada a cidade após o 25 de abril, “Torres Vedras conquistava finalmente a sua velha aspiração, que remontaria, pelo menos, a 6 de agosto de 1927”, quando Caldas da Rainha foi elevada a cidade.

“Dizia eu no início da minha intervenção na Assembleia da República, que a elevação a cidade configurava uma situação de justiça, como que o pagamento da primeira prestação do salário há muito devido a Torres Vedras e o saldar de uma dívida da nação à nossa cidade” referiu Sérgio Simões, relator do projeto de Lei aprovado por unanimidade na Assembleia da República a 11 de janeiro de 1979. Durante a sessão, Sérgio Simões viu reconhecido o seu contributo no processo de elevação de Torres Vedras a cidade, tendo recebido uma obra assinada pela artista Olga Neves, que foi entregue por Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, e Carlos Miguel, secretário de Estado das Autarquias Locais.

Francisco Martins, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Matacães, defendeu que este “não foi e não é um processo estanque”, referindo que a elevação a cidade consiste num “processo evolutivo que tem vindo a ser feito ao longo dos tempos”. O autarca defendeu ainda que “a cidade de Torres Vedras apenas o é – leia-se cidade – porque é suportada num concelho forte e pujante, em que três quartos da população residem fora dela”, acrescentando que “sempre que se pensa na cidade, nos investimentos a realizar, os mesmos deverão ser vistos e pensados numa lógica concelhia. Só desta maneira podemos continuar a ter orgulho na cidade, no concelho e em cada uma das suas freguesias.”

“Este nosso encontro de celebração do 40º aniversário da elevação de Torres Vedras a cidade tem-se assumido como gesto de homenagem aos torrienses, que ao longo dos tempos souberam engradecer a sua e nossa terra” afirmou José Augusto de Carvalho, presidente da Assembleia Municipal, perante uma sala repleta de torrienses. O momento contou ainda com a presença de vereadores, membros da Assembleia Municipal e presidentes de junta do concelho.

Já Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, fechou a sessão evocativa passando em revista “alguns investimentos que foram determinantes para o desenvolvimento da nossa cidade” para concluir que “ao longo destes 40 anos temos vindo a fazer de Torres Vedras uma cidade de excelência. Queremos, cada vez mais, que seja uma cidade de e para as pessoas. Queremos que continue a ser uma referência na região e em Portugal, assim como do ponto de vista internacional” acrescentou. A sessão terminou ao som de O Infante, poema de Fernando Pessoa musicado para Dulce Pontes e interpretado por Ângela Anacleto.

___________________________


Nenhum comentário:

Postar um comentário