Chuva não travou enchente no Estádio Marcolino de Castro
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Na ânsia de ficar mais perto do título, e naquela que se adivinhava uma deslocação complicada, o Benfica garantiu o fundamental: os três pontos.
A mobilidade de outros dias não foi tão evidente na águia, tanto por demérito próprio como mérito do adversário. Com Florentino e Samaris a tentarem ser os 'alimentadores' dos setores benfiquistas e a tentarem dar lucidez ao jogo encarnado, Seferovic procurava cair entre linhas para baralhar os fogaceiros e abrir espaço para as entradas quer dos alas (Pizzi e Taarabt), quer dos laterais (Grimaldo e André Almeida), que se projetavam muito nos seus corredores.
Organizados e cientes de que o Benfica gosta de privilegiar a saída de bola desde trás, os fogaceiros tentavam estancar, em boa parte, a circulação voraz e avassaladora que está na ideia de jogo de Lage e que neste domingo não se viu. Filipe Martins, técnico da casa, optou por reforçar o seu meio-campo já nessa perspetiva e pedia aos seus jogadores pressão constante ao portador da bola quando o Benfica ultrapassava a linha de meio-campo.
Embora tenha entregue a iniciativa de jogo à formação encarnada, a equipa da casa procurava apanhar o Benfica desprevenido e rondar as redes de Vlachodimos. Muitas vezes com efeitos práticos, diga-se, de tal modo que cedo abriram o marcador por Sturgeon, após um cruzamento largo de Edson Farias. A defesa encarnada limitou-se a seguir a bola para o fundo das redes.
A vencer, o Feirense continuou com a toada e voltou a marcar, na sequência de uma bola parada. Porém, a equipa de arbitragem anulou o lance e o golo não foi considerado. Uma jogada de polémica, refira-se.
O Benfica parecia, então, algo perdido e a tremer perante um Feirense que, pelo que mostrou neste fim de tarde de domingo, tem futebol atrativo, bem diferente do último lugar da classificação que ocupa.
Compactos e, às vezes a defender junto à sua área, os homens do Feirense, que lutam para mudar uma condenação que lhes parece aplicada, obrigavam o Benfica a variar flancos para tentar desmontar a sua organização num relvado escorregadio fruto da chuva.
Com períodos de algum sufoco para a defesa do Feirense, o Benfica começou a meter o pé no acelerador e chegou ao empate, aos 40 minutos, de penalti, a castigar uma falta sobre Pizzi, que o próprio transmontano se encarregou de marcar.
Ainda antes do intervalo, André Almeida colocou o Benfica a vencer, isto numa altura em que Jonas já realizava exercícios de aquecimento.
No retomar da história, após o intervalo, com o bloco encarnado a jogar mais por dentro, baralhava o Feirense que acabou por sofrer o 3-1 fruto de um erro de comunicação entre os seus jogadores. O guarda-redes saiu dos postes e a bola ficou para Seferovic que, com precisão de um relógio suíço, fez um chapéu perfeito, fazendo o 3-1 e dando maior tranquilidade no resultado ao Benfica.
O terceiro golo deixou a águia mais confortável no marcador mas o Feirense não dava o jogo por finalizado. Ainda que preocupados em não desmobilizar defensivamente, os comandados de Filipe Martins procuraram dar velocidade, largura e rigor na direção da baliza de Vlachodimos.
Só que o avançar dos minutos acabava, de forma inevitável, por retirar forças à equipa fogaceira que, mesmo assim, foi mantendo o Benfica em sentido num jogo onde reinou sempre a emoção.
As entradas de Jonas, Cervi e Gedson, para as saídas de João Félix, Taarabt e Pizzi deixaram o Benfica a dar sinais de que já fazia a gestão para o duelo da próxima quinta-feira, quando regressar a Liga Europa.
Com o embate a encaminhar-se para o final, Filipe Martins ainda lançou Marco Soares, Ofori e Edinho mas não conseguiu lucrar muito mais com o duelo que ainda teve novo golo de Seferovic, depois de uma assistência de Grimaldo.
O jogo devolveu o Benfica à liderança, perdida na sexta-feira à condição, após a vitória do FC Porto. Já o Feirense continua em último lugar da classificação.
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