sexta-feira, 5 de abril de 2019

Cólera alastra-se para o Búzi, mais de 2 mil casos tratados na província de Sofala


O surto de cólera que eclodiu após a passagem do Ciclone IDAI pela Província de Sofala já afectou mais de 2 mil pessoas que foram tratadas, melhoraram e tiveram alta estando hospitalizados apenas 110 doentes. No entanto 6 novos casos foram detectados no Distrito do Búzi e as autoridades de Saúde estão preocupadas com os distritos de Cheringoma, Chibabava e Muanza.

Falando a imprensa nesta quinta-feira (04) o Director Nacional de Assistência Médica, Ussene Isse, disse que: “Nas últimas 24 horas registamos um cumulativo de 347 casos de cólera em toda a província de Sofala, destes 237 fizeram o tratamento, melhoraram e foram para as suas casas. Neste momento a Cidade da Beira registou nas últimas 24 horas 273 casos, com zero óbitos. O Distrito de Nhamatanda 55 casos, com zero óbitos. O Distrito do Dondo 19 casos, com zero óbitos”.

“A nossa equipa de vigilância de doença e investigação de diarreias fez o seu trabalho no Distrito de Búzi, testamos 10 pessoas e 6 confirmaram positivo para cólera. Há três distrito críticos que temos de estar atentos na Província de Sofala nomeadamente o Distrito de Cheringoma, o Distrito de Chibabava e o Distrito de Muanza”, alertou Isse.

De acordo com o Director Nacional de Assistência Médica o balanço do primeiro de de vacinação contra a cólera “é extremamente positivo, a nossa supervisão mostrou uma grande afluência das populações a procura da vacinação, os dados que temos hoje indicam que tínhamos vacinado 32 mil pessoas contra a cólera”. A meta é vacinar 884 mil pessoas em um semana. Desde o passado dia 27 de Março já foram infectados pela cólera 2.027 pessoas.

Entretanto o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) continua com um registo de apenas 598 óbitos , desde o passado dia 2, resultantes do impacto do Ciclone IDAI, nos passados dia 14 e 15, e das cheias que se seguiram e afectaram 1.416.024 pessoas que ficaram sem as suas habitações, há registo de 216.745 casas inundadas, parcial ou completamente destruídas.

Ficaram ainda danificadas 54 unidades sanitárias e 3.344 salas de aulas, deixando sem estudar 262.120 estudantes.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

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