Os Parceiros de Cooperação internacional reafirmaram nesta quinta-feira (04) a vontade de apoiar o Programa de Recuperação Pós-Calamidade (PREPOC) de Moçambique “sobretudo com doações”, declarou o chefe da delegação da União Europeia após reunir com o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos que lidera o Gabinete de Reconstrução no entanto António Sanches-Benedito Gaspar ressalvou que é preciso olhar para além das infra-estruturas, “para o sector produtivo e serviços sociais”.
No seguimento da aprovação pelo Conselho de Ministros dos “termos de referência” para o PREPOC que em cinco anos propõe-se a reconstruir a cidade da Beira assim como as infra-estruturas públicas danificadas pelo Ciclone IDAI e pelas cheias que se seguiram nas províncias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Inhambane os responsáveis do sector de obras públicas e recursos hídricos reuniram com os representes do Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, União Europeia e Nações Unidas no nosso país para coordenar “a metodologia de elaboração do Programa de Recuperação Pós-Calamidade e também verificar quais são os mecanismos que podem já serem activados para iniciar já este programa”, de acordo com PCA do Fundo de Estradas, Ângelo Macuácua.
Falando em nome dos Parceiro o chefe da delegação da União Europeia em Moçambique explicou que embora ainda estejamos na fase de emergência “é importante estabelecer os mecanismos necessários para a reconstrução. O trabalho que já foi iniciado pela Comunidade Internacional, na base do mecanismo PDMA".
“É um mecanismo que já foi posto em prática em outros países com bastantes bons resultados, estabelece uma metodologia internacional que é única para evitar duplicações e ter uma visão conjunta e comum de todos os danos numa só matriz. O Governo tem pessoas no terreno, nós temos pessoas a fazerem avaliação agora o importante é pôr esta toda informação de uma maneira harmonizada num só documento que servirá de base para a Conferência Internacional que vai se realizar”, esclareceu António Sanches-Benedito Gaspar.
O chefe da delegação da União Europeia ressalvou no entanto que “deve ser também um documento abrangente que vai olhar não só para questões de infra-estruturas, como estradas e energia, mas também para o sector produtivo e serviços sociais”.
De acordo com António Sanches-Benedito Gaspar os fundos para financiar o PREPOC serão “sobretudo com doações, entre os parceiros cada um tem os seus próprios mecanismos, regras e procedimentos mas acho que existe uma vontade não só de acrescentar nos programas actuais mas também numa certa medida readaptar ou reprogramar alguns projectos que estão em curso”.
Aliás tendo em conta suspensão de um Programa financeiro com o Fundo Monetário Internacional Moçambique só está habilitado a receber doações ou créditos muito concessionais.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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